Histórias de Americana
Educação é substantivo feminino – parte I
Por Gabriela Simonetti Trevisan
12 de março de 2020, às 09h00 • Última atualização em 28 de abril de 2020, às 09h01
Link da matéria: https://liberal.com.br/colunas-e-blogs/educacao-e-substantivo-feminino-parte-i/
A história da educação em Americana é permeada por imagens femininas, professoras que hoje são homenageadas em nomes de escolas ou espaços públicos da cidade. Contudo, pouco sabemos sobre elas e, na maioria das vezes, acabamos suplantando sua memória por feitos políticos – espaço onde reina uma imagem masculina.
Delmira Marta de Oliveira foi uma dessas protagonistas e ganhou um dos textos desta coluna, no qual pudemos narrar fatos intrigantes sobre sua vida. Mas outras também nos chamam atenção, como Dilecta Ceneviva Martinelli e Antonieta Ghizini Lenhare, hoje nomes de escolas na Cidade Jardim e no Jardim Brasília, respectivamente.
Dilecta, limeirense, nasceu em 12 de outubro de 1912 e, com 18 anos, já atuava como professora na cidade de Olímpia. Propôs diversas mudanças nos métodos educacionais do município e, em 1944, se mudou para Americana, onde passou a trabalhar no grupo escolar Heitor Penteado. Foi nesse colégio que se aposentou, em 1960. Católica dedicada, era engajada na filantropia: fundou o Clube das Ladies, a Cruzada das Senhoras Católicas de Americana e atuou no Rotary Clube. Foi também voluntária na Revolução Constitucionalista de 1932.
Antonieta, por sua vez, nasceu na cidade de Avaré, em 13 de junho de 1925. Começou a atuar como professora em 1943, em Botucatu, e, no ano seguinte – mesmo ano de Dilecta – foi transferida como substituta para o grupo escolar Heitor Penteado, onde depois seria efetivada e onde trabalharia por vinte e dois anos. Sua vida foi breve: aos 51 anos, em 1976, faleceu devido a um câncer. Era também conhecida pela sua assiduidade e paciência.
Dessa forma, quando olhamos para uma Americana se urbanizando e crescendo em meados do século XX, podemos ver a ampliação de suas escolas, espaços onde a ação de mulheres como Dilecta e Antonieta eram fundamentais. E esses são apenas dois nomes de outros nos quais nos deteremos futuramente.
Nota dos colunistas: agradecemos a disponibilidade dos colégios por disponibilizarem o histórico de suas patronas
*Gabriela Simonetti Trevisan é membro do grupo Historiadores Independentes de Carioba, dedicado à pesquisa histórica sobre Americana
Blog abastecido pelo grupo Historiadores Independentes de Carioba, que se dedica à pesquisa histórica sobre Americana.