Se o extremismo levado às últimas consequências é prejudicial, danoso e inaceitável, o que é, então, um extremista? Alguém que somente enxerga um lado da questão? É vesgo? É míope? Considera-se acima dos demais e dono da verdade? Capaz de utilizar todos os meios – inclusive as armas – para defender o seu ponto de vista?

O que sabemos é que se guindado ao poder causa discórdias em cada ato, indispõe-se com os discordantes e, para manter essas “pendengas”, cerca-se da companheirada fiel que, rezando na mesma cartilha, se contar com a cobertura do chefe, barbariza os oponentes, passando por cima da lei e dos mais singelos pruridos morais.

O meu espanto. Em pleno século 21, dado que a humanidade evoluiu – ou deveria ter evoluído – tipos assim são asquerosos e deveriam ser jogados no limbo. E por que não são? Pelo puxassaquismo existente de quem vislumbra algum lucro financeiro ou cargo mais elevado, aplaudindo as deletérias façanhas.

Diante do exposto, claro fica que não podemos aceitar nem a extrema direita, nem a extrema esquerda. Ideologizadas no mais alto grau, criam-se disputas por pouca coisa. E os líderes ainda batem no peito como se fossem super-homens e guias infalíveis, quando demonstram apenas mente curta e intolerância longa.

E sabemos todos, que o povo necessita, para o seu bem-estar físico, mental, espiritual e moral, de paz e segurança, pois é para ele que existe a máquina cada vez mais pesada, mantida à custa dos altos impostos tão mal utilizados.

No entanto, como cristão convicto e atuante, aceito o único extremismo possível: praticar o bem de maneira ampla, real e irrestrita. Essa é a necessidade extremada e imperiosa, nesses dias de carência, fome, desemprego e injustiça social. O resto é resto. 

João Rodella
www.reflexoesdeumoctogenario.blogspot.com