Neste mesmo espaço, o LIBERAL observou, quando do avanço da fase vermelha para a laranja do Plano São Paulo, na primeira vez em que esta classificação feita pelo Governo do Estado foi viabilizada para Americana e região, a necessidade de não interpretar o princípio de flexibilização de atividades como o ponto final da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e de suas consequências. Pois bem. O pior momento regional em relação à doença veio após tal avanço, o que demandou uma regressão. Agora, as cidades vivem, a partir deste fim de semana, um novo momento, já que pela primeira vez a RPT (Região do Polo Têxtil) faz parte da etapa amarela do plano paulista.

Falar em fase amarela significa tratar do funcionamento do comércio não essencial por seis horas por dia, não mais quatro; acompanhar a reabertura de bares e restaurantes depois de quase cinco meses sem atendimento presencial, ainda que, por ora, com o limite de 40% da capacidade do estabelecimento e sem operação noturna; e observar a retomada de academias e do segmento de beleza, como salões de cabeleireiros e barbearias, também sob regime limitado de atendimento.

Ainda que diante da necessidade de atender às normas sanitárias condizentes com a pandemia – uso de máscara, álcool em gel e distanciamento – este é o período mais próximo da normalidade já vivido por tais cidades desde 24 de março, quando a quarentena teve início no Estado. Entretanto, o cenário não é exatamente homogêneo – se há queda na taxa de ocupação de leitos e no ritmo da notificação de mortes em Americana, a última semana não pintou o mesmo quadro em Santa Bárbara d’Oeste, por exemplo.

Tanto para autoridades como para ações individuais, usar a expertise acumulada desde o início do Plano São Paulo, a fim de evitar outra regressão e não transformar o movimento “abre e fecha” no novo normal da região, é o desafio para esses dias “amarelados”.