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Covid-19 e impacto letal para a cultura

Por Heber Pequeno

14 de maio de 2020, às 08h22

Se as medidas de isolamento social se fizeram necessárias para conter a marcha da pandemia do Covid19 e assim evitar o colapso do sistema de saúde, por outro lado o novo coronavírus afetou diretamente a economia e, por consequência, empresários e trabalhadores de todos os setores da sociedade.

Neste momento ímpar de nossa história, no qual estamos longe do controle total de tal epidemia e da descoberta de tratamentos e remédios, é certo que enfrentamos uma situação bem delicada. Um dos setores mais atingidos por tal calamidade é o cultural e, consequentemente, da economia criativa.

Muitos trabalhadores formais e informais da indústria criativa e artistas perderam seus empregos ou fontes de renda, visto que todas as atividades culturais coletivas foram suspensas. Não resta dúvida que a devastação será irremediável caso os órgãos públicos não busquem medidas de socorro a todos esses náufragos da cultura.

Quando escrevemos “artistas”, estamos nos referindo, principalmente aos “artistas comuns”, aqueles (as) que para sobreviver ministram aulas, oficinas, cursos em espaços alternativos ou então se apresentam em bares, casas de shows ou restaurantes à base de cachê.

Muitos buscaram soluções via trabalhos por meios de redes sociais, mas sabemos bem que nada substituiu o encontro coletivo, o contato pessoal estético, emocional e mútuo ocasionado por tais encontros artísticos. Eis a essência da arte.

Para muitos a monetização também está longe de ser satisfatória. Muitos já atingiram o estado de miséria e antes que a calamidade atinja o ápice e comprometa a dignidade humana é urgente que todas essas pessoas afetadas recebam algum tipo de auxílio por parte dos municípios, dos estados e do governo federal.

Os agentes políticos têm de buscar espelhamento na sociedade, que já estendeu as mãos para ajudar. Diversas campanhas de arrecadação de alimentos e produtos de higiene são organizadas e suas distribuições são realizadas. Mas é preciso mais! Precisamos ver as mãos dos governantes agirem com mais humanidade e eficiência.

*Heber Pequeno é músico e empresário

Colaboração

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