Não bastasse a crise de saúde pública que pode provocar e o risco a vidas humanas, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), diferente de outras infecções que lotam hospitais e prontos-socorros, deve gerar um impacto financeiro inédito na economia global. E também local.

Os reflexos são múltiplos. De início, por aqui já afeta atividades comerciais, fechadas pela determinação de isolamento por parte do Governo do Estado. Apesar de serviços por delivery ainda serem liberados, não se trata de uma realidade possível à maioria do segmento. Com isso, a expectativa é que a queda nas vendas implique em demissões.

Para contê-las, o governo federal tem promovido medidas econômicas auxiliares, como a flexibilização de contratos de trabalho e o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais. Colocar tais medidas em prática exigirá do governo abrir os cofres.

Ainda que amenize a sangria, a queda no consumo e as demissões podem levar a um crescimento da inadimplência. Principal fonte de recursos, a arrecadação de impostos sentiria os reflexos da crise ao ver que contribuintes não estão dando conta de arcar com despesas como IPTU, IPVA e outras do tipo. Junte-se aos números ainda a necessidade dos investimentos extras na saúde pública, que pode ser mais exigida do que nunca e dependem dos impostos.

Todas as consequências podem chegar, infelizmente, até aqui. Para Americana, soa angustiante a expectativa do que esta crise poderá causar depois de um período de calamidade o qual parecia ter superado. Em entrevista publicada na edição virtual desta sexta-feira, o prefeito Omar Najar (MDB), de Americana, falou sobre a questão. O que se espera é um grande “furo” nas contas do município e que governos estadual e federal estejam atentos e dispostos a ajudar as cidades. Eis um desafio gigantesco para os líderes deste País. Que estejamos em boas mãos.