O esporte vai muito além da prática de atividade física e da busca pelo bem-estar. Ele é uma importante ferramenta de inclusão social, estímulo positivo, senso de coletividade e de interação entre as pessoas.

Constantemente nos deparamos com histórias incríveis de pessoas que tiveram as vidas transformadas devido ao esporte. São histórias de superação social, física e também emocional.

Na contramão, e a pandemia contribuiu significativamente para isso, pois na fase mais crítica tivemos o distanciamento social devido à disseminação da Covid-19, temos o uso excessivo de celulares, e não é só das crianças que estou falando. Nós adultos também estamos inclinados a permanecemos muito tempo na frente da telinha.

Em maio deste ano, a revista Forbes divulgou uma pesquisa realizada pela McAfee que apontou que o Brasil, com uma taxa geral de 96%, é o país com maior exposição de crianças e adolescentes a aparelhos eletrônicos no mundo.

Além de ser prejudicial à saúde visual, pois o uso exagerado afeta a musculatura dos olhos e pode causar desvios como miopia e astigmatismo, o celular tem contribuído para o esvaziamento das nossas praças, campos de futebol, quadras e ginásios. O individualismo, sedentarismo, ansiedade e depressão são alguns dos males que a troca do esporte pelo celular tem causado nas crianças e nas pessoas.

A tecnologia é o problema? É claro que a tecnologia em si não é o problema, mas sim a maneira como lidamos com ela. Equilíbrio é a chave e precisamos estar atentos.

Sou a favor da tecnologia, mas fã do esporte e tenho uma história especial com o basquete. Como pai, tenho a missão diária de me policiar no uso do celular e de estimular meu filho a praticar esportes também. O esporte nos torna mais humanos. 

Ricardo Molina
Empresário e presidente do Republicanos de Americana