A confirmação de que a RPT (Região do Polo Têxtil) ultrapassou a marca de 200 mortes pelo novo coronavírus (Covid-19) liga outro alerta sobre a efetividade das ações de combate à pandemia e a colaboração da população a essas mesmas ações.

A escalada de óbitos na região é fato inegável e amplamente noticiado pelo LIBERAL, e, apesar das restrições ao funcionamento do comércio não essencial e a qualquer atividade que gere aglomeração, o que se observa na prática são políticas de fiscalização municipais voltadas ao lado educativo – e que mostraram pouco ou nenhum resultado – somadas à falta de conscientização latente de boa parcela dos cidadãos.

Não é difícil constatar, em qualquer dia da semana, estabelecimentos burlando o decreto estadual que coloca a região na fase vermelha do Plano São Paulo, além de inúmeras reuniões, encontros, churrascos e festas, como bailes funk, tal qual divulgado pelo LIBERAL na edição desta terça-feira, sobre evento ocorrido em Nova Odessa no último final de semana. Situações que andam exatamente na contramão da necessidade de isolamento social.

Segue imperativo ressaltar que o governo estadual usa como base dados científicos para a classificação do Plano São Paulo, entre eles o número de leitos de UTI exclusivos para Covid-19. No Departamento Regional de Saúde de Campinas, a ocupação dessas vagas segue na faixa dos 80%.
Infelizmente, números passaram a se tornar nomes de parentes e amigos nos casos de mortes pelo novo coronavírus, e cada vez mais famílias têm que passar por funerais em que sequer podem se despedir de maneira adequada.

A próxima reclassificação no contexto de flexibilização está marcada para o dia 24 de julho. Até lá, é urgente que tanto poder público como população cooperem mais no combate a um problema tão sério.