À medida que a sociedade busca a igualdade de gênero em todas as esferas, o trabalho feminino tem sido um tema recorrente de destaque nas últimas décadas, mas em pleno 2024, apesar dos avanços significativos, as mulheres infelizmente ainda enfrentam desafios em suas carreiras, incluindo disparidades salariais e reconhecimento profissional.

Dados recentes confirmam que, mesmo com progressos, a desigualdade salarial persiste, evidenciando a necessidade de ações contínuas para equilibrar essa balança.

O problema não é uma particularidade do Brasil, estudos mostram que, globalmente, as mulheres ganham em média 20% menos do que os homens em funções iguais, segundo o Relatório Global de Desigualdade de Gênero 2023 do Fórum Econômico Mundial, mas claro que essa disparidade salarial varia de acordo com a região, com algumas áreas apresentando diferenças ainda mais acentuadas de país em país.

Obviamente que, apesar de todas as diferenças, não podemos dizer que não avançamos na inclusão das mulheres no mercado de trabalho e no reconhecimento de suas capacidades. A participação feminina em cargos de liderança tem aumentado, e várias empresas têm implementado políticas para promover a igualdade de gênero.

Programas de mentoria, treinamento em diversidade e inclusão, e medidas de transparência salarial são algumas das iniciativas que têm se mostrado eficazes ao longo dos anos.

Além disso, movimentos globais e campanhas de conscientização têm desempenhado um papel crucial na promoção da igualdade de gênero. O #MeToo, por exemplo, não apenas chamou a atenção para questões de assédio e discriminação, mas também catalisou mudanças em políticas corporativas e legislações em vários países.

Empresas ao redor do mundo estão cada vez mais comprometidas em reduzir a disparidade salarial e promover um ambiente de trabalho mais inclusivo. Google, Microsoft e Unilever são exemplos de corporações que têm adotado práticas rigorosas de equidade salarial. Essas empresas conduzem auditorias salariais regulares e ajustam os salários de forma proativa para garantir que não haja discriminação baseada em gênero.

Os dados mostram que a persistência das disparidades salariais destaca a necessidade de esforços contínuos e coordenados. Somente através da colaboração e do compromisso de todos os setores será possível alcançar um mercado de trabalho verdadeiramente equitativo e justo. As mulheres têm demonstrado repetidamente sua capacidade e competência, e é crucial que elas recebam o reconhecimento e a remuneração que merecem, contribuindo assim para um mundo mais igualitário para todos.

Marcos Tonin
Executivo de RH e Coach C-Level
tonin.marcos@gmail.com