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A era da sustentabilidade finalmente chegou

Afinal, o que é sustentabilidade corporativa e porque isto é tão importante para todos? Confira no artigo desta semana!

Por Eryvelton Baldin

03 de fevereiro de 2022, às 08h08 • Última atualização em 18 de março de 2022, às 14h57

Nunca se ouviu tanto expressões como sustentabilidade, ESG, governança e compliance como nos últimos 2 anos. Finalmente, após décadas de iniciativas, o assunto passou a ser melhor percebido pelas organizações e pela sociedade como um todo.

Mas o que é sustentabilidade corporativa e porque isto é tão importante para todos?

A sustentabilidade organizacional, ou corporativa, é um conjunto de práticas de gestão que tem por objetivo garantir que as empresas continuarão a desenvolver suas atividades sem se descuidar dos processos, das pessoas e do meio onde estão inseridas.Há alguns

anos estas expressões passaram a ser agrupadas em uma sigla conhecida por ESG (em inglês: Environment, Social and Governance) – ambiental, social e governança – que descreve as áreas que caracterizam um investimento/empreendimento sustentável, responsável e ético.

O dicionário do jornal inglês Financial Times define ESG como “um termo genérico usado em mercados de capitais e usado por investidores para avaliar o comportamento corporativo e determinar o desempenho financeiro futuro das empresas”. É usado por investidores para avaliar corporações e determinar o desempenho financeiro futuro das empresas.

Ele acrescenta que o ESG “é um subconjunto de indicadores de desempenho não financeiros que incluem questões sustentáveis, éticas e de governança corporativa, como gerenciar a pegada de carbono de uma empresa e garantir que existam sistemas para garantir a responsabilidade junto aos públicos de interesse”. São fatores nas considerações de investimento, usados em estratégias de avaliação de riscos incorporadas tanto nas decisões de investimento quanto nos processos de gerenciamento de riscos.

De acordo com a TriLinc Global LLC (uma Holding que atua como patrocinador de fundos de impacto dedicados à gestão de produtos inovadores de investimento alternativo), os padrões ESG fornecem outro nível de due diligence (o processo de investigação de oportunidades), que é do melhor interesse dos acionistas. Quando a ONU lançou o UNPRI [Princípios para o Investimento Responsável] em 2006 e órgãos de vigilância como Bloomberg e MSCI começaram a rastrear o ESG, ficou bastante claro que essa não era uma moda passageira de curta duração.

O ESG elimina empresas insustentáveis com práticas desatualizadas e efeitos colaterais prejudiciais, além de minimizar o risco para os investidores, pois estes – quando consideram a cultura de ESG das organizações – acabam investindo em empresas mais responsáveis e com maior probabilidade de sucesso no longo prazo.

Alguns podem chamar o ESG de filosofia de investimento; outros podem chamá-lo de valores centrais. Quando uma empresa quer atuar de forma sustentável, ela atua nessas diversas áreas de interesse representadas pela ESG de forma a agregar valor aos seus investidores.

As empresas sustentáveis são construtoras do lucro e também construtoras da sociedade. As partes interessadas incluem acionistas e clientes, bem como funcionários, comunidades locais, etc. A partir de uma cultura ESG, o lucro passa a ser percebido como um meio de desenvolver o valor da ação, a sustentabilidade social e a sustentabilidade ambiental, e não apenas o objetivo final de uma empresa.

Sustentabilidade, ESG ou crescimento responsável, deve ser visto como um investimento e não como um custo, afinal, a ideia geral do ESG é que você seja uma empresa sustentável e que esteja fazendo negócios com responsabilidade. Isso significa transparência e aplicação de padrões e políticas ESG às suas operações.

Cada um dos três elementos do investimento ESG – ambiental, social e governança corporativa – compreende uma série de critérios que podem ser considerados, seja por investidores socialmente responsáveis ou por empresas que desejam adotar uma postura operacional mais amigável, a ESG.

Embora muitos critérios ESG sejam bastante subjetivos (como avaliações de “diversidade” ou “inclusão”), os movimentos estão ocorrendo em várias frentes que são projetadas para fornecer classificações mais objetivas e confiáveis do desempenho de uma empresa em termos de políticas e ações ESG.

No passado, a posição de uma empresa em termos de ESG muitas vezes dependia menos de práticas substantivas e mais da qualidade do departamento de relações públicas da empresa. Hoje, no entanto, temos convicção de que a necessidade de implantar e manter um cultura de ESG através da organização passou a ser pré-requisito para permanecer como player nos mercados.