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Economia no dia a dia

A economia ou a vida!

Por Marcos Dias!

07 de abril de 2020, às 12h06 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h07

A pandemia atual tem levado diversos governos, inclusive o nosso, a um dilema: salvar a economia ou salvar vidas?  Por isso esses governos, pressionados por grupos sociais (empresários, trabalhadores, cientistas, políticos, etc.), têm se manifestado ou contra o isolamento social e a favor da atividade econômica, colocando a vida das pessoas em risco, ou em favor do isolamento, deixando a economia para depois.

Existe, aparentemente, um dilema entre salvar a economia ou salvar vidas. Por um lado, algumas pessoas no governo consideram que o isolamento social poderá levar o País a uma profunda recessão econômica, e que levará ao aumento do desemprego, da fome e da pobreza. Portanto, seria melhor salvar a economia, mesmo com perdas de muitas vidas! Por outro lado, outras pessoas consideram que, com o confinamento, muitas vidas poderão ser salvas, reduzindo a velocidade do contágio. Isso pode provocar o “achatamento da curva”, ou seja, teríamos uma pequena concentração de casos num curto período.

Assim, o dilema está em poupar vidas agora e poder perdê-las num futuro próximo por causa da deterioração do sistema de saúde, pelo desemprego em massa, redução na renda das famílias, da receita das empresas e dos impostos do governo, ou voltemos ao nosso cotidiano, com pessoas trabalhando e circulando pelas ruas, mas com aumento das mortes.

O combate à pandemia é uma necessidade para que a economia se recupere. É isso que tem alertado os líderes do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da OMS (Organização Mundial da Saúde), num documento conjunto divulgado na sexta-feira. Os governos devem adotar estratégias coerentes para equilibrar essa equação. O fato é que a economia é baseada nas pessoas e para as pessoas! O aumento no número de mortos por causa de uma crise na saúde também pode levar a perdas econômicas, e aí, perderíamos nos dois lados! Só temos uma opção: poupar vidas e recursos produtivos, mas garantindo a subsistência e o mínimo bem-estar das pessoas, enquanto a pandemia persistir.

Marcos Dias

Conteúdo desenvolvido pelo economista e professor de economia da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Americana, Marcos Dias.