A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste aceitou nesta quarta-feira (9) uma oferta de mais de R$ 10 milhões da multinacional Greiner Bio-One por uma área remanescente da Fazenda Galvão, de 106 mil metros quadrados, que será vendida.

A área era avaliada pela prefeitura em R$ 9,8 milhões. A Greiner Bio-One apresentou proposta de R$ 10,3 milhões. O valor será investido pela administração municipal no combate à pandemia do coronavírus (Covid-19).

Localizada às margens da Avenida Marginal, no Distrito Industrial I, na zona rural, a área estava a venda pelo município, através de edital de licitação por concorrência, aberto semana passada.

A empresa austríaca multinacional Greiner Bio-One, de produtos hospitalares e com unidade em Americana, demonstrou interesse em comprar a área em maio. Na ocasião, a empresa não quis se manifestar.

A proposta de R$ 10,3 milhões apresentada pela empresa foi aceita e o processo segue com a sua tramitação, confirma a prefeitura.

Conforme consta no Diário Oficial do Estado de São Paulo desta quinta-feira (10), a Comissão de Licitações de Santa Bárbara analisou o processo e emitiu parecer classificando a proposta da Greiner.

A reportagem questionou ao Executivo e novamente a empresa sobre qual o intuito do uso da área. A prefeitura não respondeu a esta pergunta e a Greinner manteve a postura de não revelar informações a respeito.

O LIBERAL também perguntou ao Executivo se há uma destinação específica na saúde para o montante de R$ 10 milhões que a prefeitura receberá, mas não houve retorno.

Polêmica

Um dia antes da abertura do edital, a Comissão de Licitações negou três pedidos para derrubar a venda da área, do Clube Barbarense de Modelismo, que utiliza parte da área desde 2009.

O clube alegou ainda que a área foi dada pelo então prefeito Mário Heins e que é de interesse público. A Comissão destacou que não há documento que comprove que a área é do clube e negou que seja de interesse público.

A área foi incorporada ao município em 2014, em desapropriação amigável e teve a alienação autorizada pelo Legislativo. Em 2016 foi aprovado pelos vereadores que a venda da área visava a destinação de recursos para investir na saúde.

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Ao abrir licitação para compra da área, a prefeitura definiu por pagamento à vista e em parcela única, devido à pandemia e a urgência em investir na saúde.

Antes da abertura do edital, a Greiner solicitou à prefeitura esclarecimentos sobre possíveis entraves legais para o licenciamento de atividades industriais na área. O Executivo respondeu que, quanto ao licenciamento ambiental, “não há óbice na instalação da atividade”.