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CORONAVAC

Em Santa Bárbara, morador tenta se vacinar contra o Covid-19 e não consegue

Prefeitura diz que, para evitar desperdício, protocolo exige dez interessados para abrir novo frasco

Por Pedro Heiderich

22 de outubro de 2021, às 15h51 • Última atualização em 22 de outubro de 2021, às 18h13

Um morador tentou se vacinar contra o novo coronavírus (Covid-19) e não conseguiu, na tarde desta quinta-feira (21), em Santa Bárbara d’ Oeste. O rapaz, de 25 anos, foi até um dos pontos de vacinação do município para receber a segunda dose da CoronaVac.

Porém, ao chegar lá, ele ouviu que era preciso dez pessoas na fila para abrirem novo frasco do imunizante. Questionada, a prefeitura diz seguir protocolo para evitar desperdício das doses.

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O eletricista Everton Luiz Bernabé, de 25 anos, foi até o ginásio Djaniro Pedroso, no Centro, por volta das 14h de quinta, para completar a imunização. O rapaz até saiu do trabalho mais cedo para isso.

Porém, quando chegou sua vez, funcionários informaram que não poderiam abrir novo frasco do imunizante para ministrar somente uma dose. Seriam necessários dez moradores, a quantidade de doses por frasco.

“Acho um absurdo que a população esteja sujeita a este tipo de tratamento”, reclama o eletricista.

Os funcionários ligaram na Casa de Maria e no Ginásio Mirzinho Daniel, os outros dois pontos de vacinação em Santa Bárbara, mas não tinham mais interessados pela CoronaVac.

“Me falaram que eu podia ficar esperando até a hora que fechasse, caso aparecesse mais gente”, conta Everton, que deve tentar receber a segunda dose novamente neste sábado (23).

Protocolo
A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara diz seguir protocolos da Secretaria Estadual da Saúde e do Ministério da Saúde e que é obrigada a justificar eventual desperdício de doses.

A pasta explica que, quando a procura no dia está baixa e se aproxima o encerramento das atividades, as equipes dos pontos de vacinação realizam o controle das doses.

No caso da CoronaVac, cada frasco contém dez doses da vacina. Após aberto, ele deve ser utilizado em algumas horas, ou haverá perda das doses restantes, detalha a Secretaria de Saúde.

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“Por esse motivo, em algumas situações, as pessoas são orientadas a aguardar a chegada de outras pessoas ou a retornar no dia seguinte”, finaliza.

A Secretaria Estadual de Saúde diz que a vacinação adequada e “aproveitamento responsável dos imunizantes” cabe aos municípios.

A pasta recomenda que as prefeituras planejem a vacinação diária, considerando o período de validade indicado pelos fabricantes após abertura do frasco, “levando em conta a previsão de pessoas a vacinar, a fim de evitar o descarte de doses”.

A reportagem também questionou o Ministério da Saúde sobre o tema, mas ainda não recebeu resposta.

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