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Região

Gás de cozinha chega a custar R$ 122 em Americana e Santa Bárbara

Valor médio de venda para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo

Por Ana Carolina Leal

12 de março de 2022, às 08h39 • Última atualização em 12 de março de 2022, às 08h47

Petrobras vê guerra entre Rússia e Ucrânia como causa da alta do petróleo, que influencia no gás - Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

O preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha, aumentou até 24,5% em Americana e Santa Bárbara d’Oeste, nesta sexta-feira, um dia depois de a Petrobras anunciar reajuste de 16,1% do produto. O valor médio de venda para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, o equivalente a R$ 58,21 por 13 quilos, o peso de um botijão.

O produto não era reajustado há 152 dias e custava até então R$ 102,64, em média, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Em Americana e Santa Bárbara d’Oeste, o botijão estava sendo comercializado, antes do reajuste, entre R$ 98 e R$ 110.

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Nesta sexta-feira, o valor mais alto encontrado pela reportagem chegou a R$ 122, enquanto o mais em conta foi de R$ 110. O LIBERAL fez a pesquisa junto a seis revendedoras. A alta não agradou nem um pouco os consumidores.

“A diferença chega a R$ 10, R$ 20, dependendo onde comprar, e isso impacta sim, principalmente para quem tem uma renda de um salário mínimo, que hoje é de R$ 1.212. E não é só aumento de gás. A gasolina subiu, os alimentos estão caros e devem ficar mais caros ainda. Em casa, somos em três e tudo é na ponta do lápis, portanto, qualquer aumento é complicado”, desabafou Glaucia Bartels de Oliveira, 51 anos.

A autônoma Miriam Kelly Cuin, 39 anos, considera a alta abusiva. “O salário tem um aumento insignificante a cada doze meses e os itens de maior necessidade, como o gás, deveriam manter um valor fixo, pois a cada mês tenho que ficar cotando onde está mais em conta, para não pesar no orçamento”, afirmou.

Em Santa Bárbara d’Oeste, a faxineira Roseli da Silva Sampaio, 47 anos, disse que o novo aumento no preço do gás vai prejudicar muito seu orçamento. Divorciada, ela mora sozinha com o filho adolescente e mantém a casa com pouco mais de um salário mínimo.

“Não é só o gás. O preço dos alimentos está um absurdo, está cada dia mais difícil”, afirmou.

Ela ressalta ainda que, além do trabalho fixo, registrado, tem feito diárias aos finais de semana, para poder aumentar a própria renda e arcar com contas básicas.

A alta dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha é resultado, segundo comunicado da empresa estatal, da crise entre a Rússia e a Ucrânia, que dura 15 dias e desestabilizou o mercado de petróleo, levando ao reajuste.

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