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SAÚDE

Americana e Santa Bárbara voltam a registrar casos de coqueluche após cinco anos

Preocupação é com crianças que não estão com a vacinação em dia, já que são mais vulneráveis à enfermidade; veja onde se vacinar na região

Por Gabriel Pitor

26 de outubro de 2024, às 09h10 • Última atualização em 26 de outubro de 2024, às 11h24

Vacina contra coqueluche é importante, principalmente para as crianças - Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Após cinco anos sem casos de coqueluche, Americana e Santa Bárbara d’Oeste voltaram a registrar, em 2024, pessoas confirmadas com a doença. As informações foram solicitadas pelo LIBERAL às secretarias de Saúde dos municípios.

Segundo infectologista, a preocupação é com crianças que não estão com a vacinação em dia, já que são mais vulneráveis à enfermidade.

De acordo com os dados, Americana contabilizou em 2019 seis casos e Santa Bárbara, um. Nos anos seguintes, ambas as cidades fecharam zeradas. Por sua vez, neste ano, já são um confirmado em Americana e dois, em Santa Bárbara.

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A tendência de aparecimento da doença também pode ser vista em outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil).

Em Sumaré, até então são dois infectados, a maior quantidade desde 2018. Também há dois casos confirmados em Hortolândia, quebrando a sequência sem ocorrências que vinha desde 2022.

A única cidade da região que ainda não contabilizou pessoas com coqueluche até outubro de 2024 é Nova Odessa. O último morador que adoeceu pela infecção foi em 2018 – o único naquele ano.

A coqueluche é causada pela bactéria bordetella pertussis e caracterizada pela “tosse seca comprida”, ou seja, compromete o aparelho respiratório, a traqueia e os brônquios ao ponto da pessoa ter crises de tosse.

A transmissão se dá por contato direto com as gotículas eliminadas e a vacinação previne a contaminação.

Sinais

Segundo o médico infectologista Arnaldo Gouveia Junior, os sintomas nas duas primeiras semanas são de um resfriado comum, com febre baixa ou sem febre e alguma secreção.

A partir da terceira semana, a tosse aumenta de intensidade e pode chegar a causar perda de fôlego. O tratamento é feito com antibióticos e dura cerca de três meses.

Ainda conforme o profissional, a doença tem um perfil cíclico, então a cada 5 ou 6 anos há um aumento na incidência. Entretanto, dessa vez a preocupação se deve às crianças que não estão com a vacinação em dia.

“Por causa da Covid-19, muitas crianças estão com a vacinação atrasada ou não foram levadas para tomar vacina. A preocupação é aparecer casos graves em crianças que não estão vacinadas. Os casos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] geralmente são de crianças abaixo de seis meses”, afirmou Arnaldo.

“No adulto, o diagnóstico é mais difícil porque tem várias coisas que podem resultar na tosse prolongada. A maior parte dos casos que eu tenho acompanhado em adultos é descoberto porque passou para uma criança ou porque teve um surto familiar. A tosse, no adulto, é muito atrelada a alergias, a tosse alérgica”, completou.

O infectologista lembra que a vacina da coqueluche também é aplicada em gestantes, já que com essa imunização também é possível proteger a criança.

Onde se vacinar contra a coqueluche na RPT

A imunização pode ser feita tanto pela vacina DTP (difteria, tétano e pertussis) quanto pela pentavalente, que protege contra a coqueluche e ainda contra a difteria, o tétano, a hepatite B e o Haemophilus influenzae do tipo b (meningite). O público-alvo são crianças, principalmente até 6 meses, trabalhadores da saúde e gestantes.

Americana: a vacinação é realizada em todas as unidades básicas de saúde, de segunda a sexta-feira. O horário de funcionamento dos locais é das 8h às 16h, com exceção das unidades dos bairros Praia Azul e São Vito, cujo horário é das 8h às 20h.

Santa Bárbara: disponível em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que possuem sala de vacina. Os horários de funcionamento das salas de vacina devem ser consultados em cada unidade, por telefone ou pessoalmente.

Nova Odessa: a vacinação acontece em todas as salas de vacinação das UBSs — ao todo, são sete. O horário de funcionamento dos locais é de segunda a sexta, das 7h às 15h.

Sumaré: a vacina é oferecida pelas unidades de saúde para crianças menores de sete anos. São duas doses no calendário vacinal de rotina, sendo a primeira com 15 meses e a segunda com quatro anos. O município conta apenas com a pentavalente.

Hortolândia: o imunizante está disponível nas UBSs. A vacina está sendo aplicada em crianças das seguintes idades: dois meses, quatro meses, seis meses, 1 ano e três meses e quatro anos. Gestantes também devem receber a vacina a partir da 20ª semana de gestação.

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