Após consecutivas reprovações nas contas em decisões do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), as prefeituras de Americana e Santa Bárbara d’Oeste “viraram a página” desse problema e alcançaram três anos seguidos com aprovações do tribunal.

O levantamento foi realizado pelo LIBERAL e considerou apenas os pareceres do órgão estadual, e não as votações nas câmaras municipais.

Entre as duas cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), Americana foi a que viveu o período mais complicado, já que foram duas sequências com os balancetes reprovados: 2011 a 2014 e 2016 a 2019.

Em 2015, o TCE deu parecer favorável, mas a votação lembrou os esforços para superar o “rombo” financeiro que o então prefeito Omar Najar herdou e o cenário político conturbado do município.

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Ao todo, foram oito contas rejeitadas, sendo que os principais motivos foram os gastos com pessoal, o desequilíbrio financeiro, os limites de pagamentos de dívida e precatórios.

Porém, de 2020 a 2022 as contas do município foram aprovadas pelo TCE, o que, de acordo com a administração, é resultado do equilíbrio fiscal e financeiro, bem como do aumento na arrecadação, sem deixar de fazer uma aplicação eficiente dos recursos.

“A aprovação das contas representa o reconhecimento dos órgãos fiscalizadores externos, visto que esta gestão está absolutamente comprometida com a prestação de serviços à população, sem que isso cause um desequilíbrio”, completou o Executivo americanense, que ainda destacou que as medidas foram tomadas nesta gestão e na anterior.

Já Santa Bárbara teve os balancetes rejeitados de 2015 a 2019 (cinco consecutivos), todos na gestão do ex-prefeito Denis Andia, atual secretário nacional de Mobilidade Urbana. Também foram apontados o desequilíbrio fiscal e o crescimento da dívida de longo prazo.

Em entrevista ao programa Liberal no Ar, da Rádio Zé FM 76.3, Denis lembrou que em 2015 o Brasil entrou em uma recessão econômica.

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Segundo ele, houve uma decisão de manter os serviços da prefeitura e que o equilíbrio foi retomado no fim do seu segundo mandato, com a aprovação das contas de 2020.

“Era um momento em que pais, mães, chefes de família perdiam emprego, plano de saúde e não podiam mais colocar os filhos numa creche. Eles precisavam mais da prefeitura. Ou você atendia as pessoas ou cuidava de outras questões. Escolhi cuidar das pessoas”, comentou.

De 2020 a 2022, todas as contas de Santa Bárbara foram aprovadas pelo TCE. O LIBERAL procurou a administração para apontar as medidas que levaram aos pareceres, mas não teve resposta.

Tanto no caso de Americana quanto no de Santa Bárbara, as contas de 2023 e 2024 ainda não foram julgadas pelo TCE.