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Morar bem

Jardim da Balsa: novo vetor de desenvolvimento

Bairros na região do Jardim da Balsa, em Americana, concentram novos empreendimentos residenciais e alavanca setores

Por Rogério Verzignasse - especial para o LIBERAL

12 de março de 2022, às 09h00 • Última atualização em 12 de março de 2022, às 09h03

O Jardim da Balsa, colado nos limites de Americana com as vizinhas Limeira e Santa Bárbara d’Oeste, se firma, a cada dia, como o principal vetor de desenvolvimento da cidade. A gleba, conhecida pela recente instalação de conjuntos habitacionais populares, vivencia uma explosão demográfica inédita. Loteamentos comerciais, industriais e residenciais despontam ao redor do bairro e o transformam em um nicho importante de novos empreendimentos.

Obras do condomínio Jacy caminham para a fase de acabamento – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

A mudança gradativa do perfil econômico da região é nítida. O corredor formado pelas avenidas da Balsa e da Amizade passou a concentrar novos e diversificados estabelecimentos voltados ao comércio e aos serviços.

Misturados às moradias humildes de antes, surgiram supermercados de ponta, galerias comerciais, lojas de roupas elegantes, bares, lanchonetes, centros automotivos, clínicas veterinárias e odontológicas, escritórios de advocacia, oficinas, salões de festa, adegas, lojas de cosméticos, drogarias de rede, padarias, salões de beleza, academias de musculação, escolinhas de educação infantil, postos de saúde.

Como se era de esperar, na região onde o município ainda tem espaço para crescer, as casas de materiais de construção pipocaram em cada esquina. A diferença é que nos bairros do trecho – Parque Gramado, São Jerônimo, Mário Covas, Jardim da Paz e Parque da Liberdade, além do próprio Jardim da Balsa – hoje existem também estabelecimentos que vendem pedras refinadas para fachadas, artigos de decoração e móveis planejados.

Já há a opção de investimentos em obras mais sofisticadas nas quadras do extremo noroeste de Americana, onde as ruas se confundem com as vias do barbarense Jardim Europa.

Economia forte e independente

No trecho onde o limite entre Americana e Santa Bárbara é confuso, recortado, se consolidou um núcleo superadensado, de economia sólida, que já não depende dos serviços prestados nas regiões centrais de cada cidade.

Estabelecimentos como o Pague Menos garantem acesso a todos os itens necessários para o lar sem sair da região – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

O Jardim da Balsa, no caso, deixou de ser visto como “o fim da cidade” para se tornar o ponto onde a riqueza já brota, como afirmam entusiasmados os empreendedores do barro. Quem investe por ali já fatura com o imenso filão de negócios. Estandes de lançamento de prédios residenciais estão por toda parte.

O verde, o silêncio, a paz. As famílias que fizeram a opção de viver no Jardim da Balsa não se beneficiam exclusivamente da economia forte, das ofertas maiores de empregos e serviços. A população local – cerca de cinco mil moradores – sente o prazer de caminhar em ruas sossegadas e acordar com o canto dos pássaros.

Não é para menos. O bairro – dividido em 1 e 2 pelo traçado da velha Estrada da Balsa – está encravado em uma das regiões mais verdes do município.

Há trechos de vegetação nativa preservada, como no badalado Parque Aimaratá, que reúne adeptos da pescaria e dos esportes da natureza (veja matéria neste caderno) ou nas glebas públicas e particulares cobertas de mata fechada, ao longo do Rio Piracicaba.

E ali, na outra margem, no lado limeirense, ficam as chácaras de recreio, centenas delas. Há até condomínios fechados, casas elegantes, pesqueiros concorridos.

Praça pública às margens da Avenida da Amizade garante opção de diversão de graça para crianças – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

No Jardim da Balsa, a reportagem ouviu os moradores dos condomínios populares Tainá e Inaê, por exemplo, com 544 apartamentos que são os lares de famílias que, em sua grande parte, faziam parte do cadastro da casa própria na Prefeitura.

A maior vantagem de morar no bairro – a opinião é de todos – é a tranquilidade. Lugar onde a garotada anda descalça, trepa no pé de manga, joga bola no meio da rua. Onde os adultos ainda se sentam na calçada e conversam com os vizinhos.

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