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Morar bem

Indústrias e lotes comerciais alteram paisagem

Investimentos empresariais aquecem mercado de trabalho e revitalizam região da Balsa; população festeja também os empregos que prometem brotar do outro lado do rio

Por Rogério Verzignasse - especial para o LIBERAL

12 de março de 2022, às 09h01 • Última atualização em 12 de março de 2022, às 09h02

O futuro da região do Jardim da Balsa se escreve hoje com uma caligrafia caprichada. O reduto tomado por construções modestas, em bairros erguidos ao longo das últimas décadas, hoje se prepara para concentrar imponentes distritos industriais, novos núcleos residenciais e comerciais.

Áreas residenciais e industriais têm fácil conexão para quem mora e trabalha nessa parte da cidade – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Encravado entre o bairro e o vizinho Mário Covas, já existe um novo loteamento, com ruas asfaltadas e infraestrutura completa. O Pacaembu foi planejado para ser um bairro que alterna quadras comerciais e residenciais. E as primeiras casas crescem em meio ao descampado. Já são notadas as edificações com arquitetura moderna e alto padrão.

Uma das quadras, ampla, onde já operam retroescavadeiras e pás- carregadeiras, é preparado para receber um condomínio residencial, com 250 casas de 60 metros quadrados cada. Serão imóveis práticos, funcionais, para famílias pequenas e com localização privilegiada.

Polo de alta tecnologia

A indústria se expande na região. Uma viagem de pouco mais de cinco minutos de carro, a partir do Jardim da Balsa, leva o visitante para o distrito industrial instalado na gleba loteada a partir de modificações viárias estratégicas, executas pela prefeitura nos últimos anos. As avenidas São Jerônimo e Florindo Cibin “se juntaram”, e as novas quadras passaram a concentrar indústrias de alta tecnologia.

Espaço planejado para alternar quadras comerciais e residenciais – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

O americanense mais velho que cresceu ouvindo falar da Fibra – durante décadas a empresa mais imponente daquela área da cidade – agora se impressiona com as plantas industriais de ponta, instaladas nos últimos tempos por companhias renomadas, como Umicore, Evonik e Metalfarma.

São empresas que chegaram para confirmar a diversificação da indústria local. A cidade deixou de ser exclusivamente um polo têxtil, para abrigar hoje em dia fábricas supermodernas de artigos hospitalares, peças automotivas, laboratórios químicos, equipamentos eletrônicos, entre outros produtos. Algumas empresas são multinacionais.

O complexo industrial, localizado no prolongamento do bairro São Jerônimo, é ligado ao Mário Covas e ao Jardim da Paz por uma estrada de terra com 500 metros. Quando a via estiver asfaltada, vai existir uma conexão rápida e segura com os núcleos habitacionais.

Hoje quem circula – e tem emprego nas companhias – encara a caminhada na terra. Mas no período de chuva, o estradão vira um lamaçal em diversos pontos, e apenas ônibus e caminhões circulam sem medo de atolar.

As pessoas interessadas em conhecer o distrito industrial a partir da Estrada da Balsa podem acessar a Avenida Cyra de Oliveira Petrin, que separa o Mário Covas do Jardim da Paz. A via permite acesso à Rua Doosan e a todo o polo empresarial.

Loteamento industrial além da ponte

Mas quem vive no Jardim da Balsa e proximidades festeja também os empregos que prometem brotar do outro lado do rio, a 700 metros da ponte, em território de Limeira, onde foi lançado o imponente Parque Souza Queiroz.

Parque Souza Queiroz, instalado em Limeira, atrai expectativa para o futuro – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

São 340 terrenos enormes, cada um com metragem de 1 mil a 2,5 mil metros quadrados. O loteamento tem uma área comercializável que passa da casa dos 500 mil metros quadrados.

O empreendimento, voltado a empresas de atuação em setores diversificados, vai representar oportunidade de trabalho e renda para quem vive ali pertinho, no lado americanense.

Lideranças pressionam prefeitura

Quem circula pela Estrada da Balsa em direção ao limite de Americana com Limeira nota que, logo depois do Mário Covas, a via de torna perigosa, principalmente para os pedestres. A avenida começa exatamente no final da Avenida João Luiz Mazer, que marca o limite com Santa Bárbara.

Ali, naquele trecho, antes do Jardim da Balsa, a estrada estreita e movimentada não tem sequer uma calçada. A via atravessa uma gleba desabitada, ainda a ser loteada pelos proprietários. E quem anda por ali beira o mato e corre o risco de ser atropelado.

Vereadora eleita com suporte dos bairros mais antigos daquela região, Leonora Périco (PDT) conta que os moradores do Jardim da Balsa precisam de uma atenção especial do poder público, já que a expansão demográfica rápida aumentou, sensivelmente, a demanda por serviços públicos em setores essenciais.

Ainda que a população do Jardim da Balsa procure por atendimento nos bairros vizinhos, diz, principalmente o Mário Covas e o São Jerônimo, é nítido que a estrutura de serviços é sobrecarregada.

Para Leonora, a expansão de empreendimentos imobiliários mostra que a prefeitura, efetivamente, precisa agilizar o organograma de seus investimentos.

Outra liderança política da cidade, o vereador Lucas Leoncine (PSDB) afirma que recebe em seu gabinete diversos representantes da região, e que é unânime o pedido por serviços eficientes e manutenção adequada.

A falta de calçada na Estrada da Balsa, assim como disse Leonora, é uma daquelas demandas que já geraram e vão continuar gerando indicações na câmara.

Ainda na administração anterior, vereadores como Vagner Malheiros (PSDB) e Marco Antônio Alves Jorge, o Kim (PDT) chegaram a protocolar requerimentos pedindo à prefeitura providências para a instalação de UBS e escola pública no bairro.

Procurada pela reportagem, a prefeitura não se manifestou sobre ações executadas ou planejadas para o bairro.

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