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HABITAÇÃO

Convênio prevê 300 moradias em dois terrenos e envolve a favela do Zincão, em Americana

Acordo foi feito com a CDHU em dezembro de 2022, mas projeto ainda depende de uma análise de solo, segundo ex-secretário

Por Gabriel Pitor

27 de outubro de 2024, às 10h07

A favela do Zincão, em Americana - Foto: Leonardo Matos/Liberal

Um convênio firmado em dezembro de 2022 entre a Prefeitura de Americana e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do Governo do Estado de São Paulo, prevê a edificação de 300 moradias em dois terrenos para resolver grande parte do déficit habitacional da cidade. Os moradores da favela do Zincão, no Parque da Liberdade, deverão ser alguns dos contemplados.

A informação foi confirmada ao LIBERAL nesta semana pela administração e pelo ex-secretário de Habitação e atual vereador Luiz da Rodaben (PRD).

O acordo foi costurado pelo próprio Luiz, que, conforme a reportagem noticiou em 7 de outubro, deverá voltar à pasta e dar uma cadeira ao primeiro suplente Levi Rossi (PRD) na próxima legislatura da câmara.

De acordo com a edição de 2024 do Informativo Socieconômico da prefeitura, há 311 barracos cadastrados em áreas públicas de Americana, sendo 190 no Zincão, o local com maior quantidade.

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No caso da favela do Parque da Liberdade, o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) vem cobrando o Executivo para tomar medidas, já que as residências estão em uma APP (Área de Proteção Permanente). Em 2022, o prefeito Chico Sardelli (PL) descartou a reintegração e pediu prazo para a construção de moradias.

Ainda naquele ano, em dezembro, o então secretário de Habitação, Luiz da Rodaben, firmou um convênio com a CDHU para a edificação de 300 moradias. O projeto será realizado em dois terrenos nas proximidades de onde hoje está o Zincão, sendo que um receberá um condomínio com 200 residências e o outro com 100.

As construções ajudarão a praticamente zerar o défict habitacional no município, uma das metas da atual gestão.

No entanto, mesmo com o acordo, a ideia está empacada na CDHU há quase dois anos, o que, segundo Luiz, é explicado por um problema de solo que está sendo analisado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

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“No terreno que nós apresentamos tinha um depósito de materiais que a CDHU, quando veio aqui no ano passado, pediu uma análise do solo. Deu uma contaminação em um ponto de cinco metros de profundidade, mas pequena. Ela pediu três novas análises, que apontaram que não há problema na utilização da área, e passou para a certificação da Cetesb. Depois disso, vai dar sequência”, contou.

As moradias construídas pela companhia permitem que os beneficiários paguem um financiamento simbólico sem juros e que não ultrapasse 20% da renda familiar.

O governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi questionado pelo LIBERAL sobre a situação do Zincão durante uma visita às obras de um viaduto entre Sumaré e Hortolândia, na última quarta (23). Embora tenha lamentado a situação, ele pediu paciência porque há muitos projetos que aguardam aprovação.

“Nós estamos fazendo várias ações de reubarnização de favelas e comunidades e procurando trazer dignidade para famílias que não têm. Estamos fazendo isso em Carapicuíba, por exemplo. O de Americana deve ser feito também”, comentou.

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