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Atentado

Polícia recebe imagem de atentado ao Porta dos Fundos

Polícia Civil do Rio investiga a participação de um grupo que se diz integralista no atentado contra a sede da produtora

Por Agência Estado

26 de dezembro de 2019, às 07h53 • Última atualização em 26 de dezembro de 2019, às 11h04

A Polícia Civil do Rio investiga a participação de um grupo que se diz integralista no atentado contra a sede da produtora do canal Porta dos Fundos. Na quarta-feira, os integrantes desse grupo divulgaram um vídeo com imagens do ataque no YouTube.

O jornal O Estado de S. Paulo confirmou que as imagens são da ação contra a produtora.

Foto: Netflix / Divulgação
O canal de humor é alvo de críticas desde o lançamento do especial de Natal A Primeira Tentação de Cristo

No vídeo, integrantes do grupo que se autodenomina Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira aparecem mascarados e leem um manifesto enquanto imagens do ataque com coquetéis Molotov são exibidas.

A filmagem é feita por uma câmera que acompanha a ação. São três os homens que jogam os coquetéis e um que filma.

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O mesmo grupo teria feito um ataque na Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), em Botafogo, no fim do ano passado, queimando bandeiras e faixas antifascistas.

A polícia do Rio examina essas imagens e outras de câmeras de segurança que registraram o atentado contra a produtora, no Humaitá, no Rio.

O vídeo das câmeras de segurança mostra o momento em que pelo menos três pessoas – duas em uma caminhonete, uma em uma motocicleta – participaram do ataque à fachada do prédio, com duas bombas incendiárias, às 4 horas da véspera de Natal. Ninguém foi ferido, e o fogo foi apagado por um segurança do prédio.

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“O Porta dos Fundos condena qualquer ato de violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades”, informou na quarta-feira o grupo em nota. O texto afirma ainda que o Porta espera que os responsáveis pelos ataques “sejam encontrados e punidos”.

O caso está sob investigação da 10.ª DP (Botafogo) como crime de explosão.

O ataque pode ainda ser enquadrado na lei antiterror, que define como terrorismo o ato de usar explosivo “por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião” com a finalidade de “provocar terror social”.

Polêmica

O canal de humor é alvo de críticas desde o lançamento do especial de Natal A Primeira Tentação de Cristo, na Netflix. A produção mostra um Cristo gay, interpretado por Gregório Duvivier, com um namorado. O personagem é surpreendido por uma festa, em que é revelado que ele é Filho de Deus e fora adotado por José e Maria. Um abaixo-assinado online pediu a retirada do programa da Netflix.

No dia 19, a Justiça do Rio negou liminar a um pedido de uma associação religiosa para que programa fosse removido do site.

A decisão afirmou que não havia motivos legais para a remoção. Segundo a Justiça, determinação diferente da sua seria “inequivocamente censura decretada pelo Poder Judiciário”.

Em nota, os integrantes do grupo disseram ainda que seguirão em frente, “mais unidos, mais fortes, mais inspirados e confiantes que o País sobreviverá a essa tormenta de ódio, e o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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