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Política

Polícia Federal diz ao STF que vê crime de Bolsonaro por associar vacina ao vírus da aids

Relatório diz que elementos apontam para delitos de incitação ao crime e de provocar alarma a terceiros

Por Agência Estado

17 de agosto de 2022, às 19h37 • Última atualização em 17 de agosto de 2022, às 19h56

A Polícia Federal (PF) disse nesta quarta-feira, 17, que vê indícios de crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver o vírus da aids.

A afirmação consta no relatório parcial da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela delegada Lorena Lima Nascimento.

De acordo com o documento, os elementos reunidos até o momento apontam para os delitos de incitação ao crime e de provocar alarma a terceiros.

O presidente disse, em live no dia 21 de outubro de 2021, que a população do Reino Unido estaria “desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [aids]” após a imunização completa contra o novo coronavírus.

Na mesma transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”. Na época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos.

A PF diz que, ao espalhar informações falsas, o presidente “encorajou” a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra o novo coronavírus e gerou alarde “anunciando perigo inexistente”. O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de “forma direta, voluntária e consciente”.

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