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Política

Mourão: Poderes têm que ‘entender o limite da responsabilidade da cada um’

Por Agência Estado

04 de maio de 2020, às 15h55 • Última atualização em 04 de maio de 2020, às 16h09

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 4, que há uma disputa entre os Poderes públicos e que cada um deve “navegar dentro da sua responsabilidade”. Para o vice-presidente, os Poderes precisam se “harmonizar” e “entender o limite de sua responsabilidade”. “Hoje existe uma questão de disputa de poder entre os diferentes Poderes, existe uma pressão muito grande em cima do Poder Executivo”, disse.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão citou decisões recentes da Justiça Federal que barraram atos do presidente Jair Bolsonaro. Uma delas, a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. “É responsabilidade do presidente da República escolher seus auxiliares. Quer a gente goste ou não.”

O vice-presidente também mencionou a suspensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de ato do presidente sobre a expulsão de funcionários da Embaixada da Venezuela em Brasília e de consulados do País em demais Estados brasileiros. “Como chefe de Estado, ele é o responsável pela política externa do País”, argumentou Mourão.

Sobre a manifestação com tom antidemocrático do último domingo (3), que contou com a participação de Bolsonaro, Mourão afirmou que “não há motivo” para os brasileiros se preocuparem com uma possível escalada autoritária.

No ato de ontem, o presidente afirmou que não iria tolerar mais interferências em seu governo e que as Força Armadas estavam “do lado do povo”. Mourão afirmou, no entanto, que Bolsonaro se referia ao “apoio institucional” ao chefe de Estado e governo. “As Forças Armadas se consideram e sempre se considerarão como elementos do Estado brasileiro, e é desta forma que elas agem”, declarou.

O vice-presidente opinou ainda que a “grande maioria” dos manifestantes presentes no protesto de domingo estava lá para “pura e simplesmente apoiar o governo”. De acordo com ele, as “ideias radicais, que não param em pé”, como os pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do STF, eram apenas uma das “versões” das reivindicações dos apoiadores.

“É uma manifestação que tem pessoas que professam, vamos dizer assim, diferentes versões daquilo que é necessário, que eles julgam necessário (para o País)”, afirmou.

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