Política
Corregedor recua de ‘pente-fino’ em redes de integrantes do MPF
Por Agência Estado
20 de agosto de 2019, às 07h58 • Última atualização em 20 de agosto de 2019, às 08h25
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/politica/corregedor-recua-de-pente-fino-em-redes-de-integrantes-do-mpf-1061760/
O corregedor-geral do Ministério Público Federal, Oswaldo José Barbosa Silva, recuou do “pente-fino” que havia determinado nas redes sociais de procuradores e disse que a intenção é apenas analisar notícias na imprensa que “repercutam negativamente mensagens e manifestações” de membros do órgão.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Silva havia pedido um monitoramento de todas as manifestações de integrantes do MPF nas redes, o que gerou protestos internos. Procuradores viram no texto uma forma de intimidação e censura prévia.
“Nem a CMPF (Corregedoria do MPF) nem a Secom (Secretaria de Comunicação Social) tem interesse em monitorar nem teriam pernas para monitorar as redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e e-mails na Rede Membros e na Rede Institucional) de todos os membros do MPF (exceção da PGR, que não se submete às atribuições da CMPF)”, escreveu o corregedor, em nova mensagem disparada aos colegas, obtida pelo Estado.
“Minha solicitação à Secom/PGR é de um ‘clipping’ semanal que reúna todas as notícias e matérias jornalísticas que repercutam negativamente mensagens e manifestações de membros do MPF. Não se trata de monitoramento”, afirmou. O clipping é uma compilação de reportagens publicadas por veículos de imprensa. Procurado pela reportagem, o corregedor reiterou o teor da nova mensagem enviada aos membros do Ministério Público.
Reação. Na primeira mensagem disparada a colegas, semana passada, o corregedor informou que requisitara à Secom “relatório semanal de todas as manifestações de membros do MPF, efetuadas por meio das redes sociais, para exame do órgão correcional”. O monitoramento foi ironizado por procuradores no Twitter. “Dormiram bem? Hoje não vou falar nada sobre política. Nem precisam me vigiar”, escreveu o procurador Bruno Barros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.