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Espaço

Nuvem de gás em Marte sugere possibilidade de vida

Veículo Curiosity, da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), descobriu uma grande quantidade de metano dispersa na atmosfera de Marte

Por Agência Estado

22 de junho de 2019, às 20h50 • Última atualização em 23 de junho de 2019, às 10h21

O veículo Curiosity, da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), descobriu uma grande quantidade de metano dispersa na atmosfera de Marte. Produzido normalmente por seres vivos, o gás pode ser uma evidência de que micróbios vivem no planeta. A descoberta, feita durante uma medição no planeta vermelho realizada na quarta-feira, 19, foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times neste sábado, 22.

Na Terra, organismos conhecidos como metanogênicos prosperam em lugares sem oxigênio, como rochas subterrâneas profundas e tratos digestivos de animais, e liberam metano como resíduo. No entanto, reações geotérmicas, não biológicas, também podem gerar o gás, e também é possível que ele tenha ficado retido dentro de Marte por milhões de anos, tendo escapado apenas agora, por meio de rachaduras.

Foto: PD-US / Creative Commons
Presença de gás em marte pode indicar vida no planeta

Ao chegar em Marte, em 2012, o Curiosity procurou por metano e não encontrou nada. Depois, no ano seguinte, foi detectado um pico repentino, de até 7 partes por bilhão, que durou pelo menos dois meses. A medição desta semana encontrou 21 partes por bilhão de metano, ou seja, três vezes o pico registrado de 2013.

“Diante desse resultado tão surpreendente, estamos realizando um experimento de acompanhamento neste final de semana”, afirmou Ashwin R. Vasavada, cientista à frente do projeto, em e-mail obtido pelo NYT. Da Terra, os controladores enviaram novas instruções ao veículo na sexta-feira, 21. Os resultados devem retornar na segunda-feira, dia 24.

Há muito se discute a possibilidade da existência de seres alienígenas em Marte. Mas até agora, missões anteriores detectaram apenas uma paisagem desolada. Atualmente, os cientistas tendem a acreditar que se, em algum momento, a vida tenha surgido por lá, descendentes microbianos poderiam ter migrado e ainda persistirem no subsolo do planeta.

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