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Mundo

UE diz que Israel deve respeitar tribunal da ONU e controlar a violência na Cisjordânia

Por Agência Estado

26 de maio de 2024, às 17h52

O chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, afirmou neste domingo, 26, que Israel deve cumprir as decisões do tribunal superior da Organização das Nações Unidas (ONU) e pôr fim à sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Ele também questionou o possível envolvimento das autoridades na violência dos colonos contra os palestinos na Cisjordânia ocupada.

No mesmo dia em que o primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, visita Bruxelas, Borrell pressionou ainda mais Israel a tomar medidas imediatas para garantir que as receitas fiscais destinadas às autoridades palestinas não sejam interrompidas.

As exigências surgiram no final da semana em que a comunidade internacional colocou uma pressão crescente sobre Israel para mudar fundamentalmente o curso da guerra que trava contra o Hamas na Faixa de Gaza, através de ações judiciais internacionais e manobras diplomáticas.

Borrell insistiu que Israel levou os palestinos à beira de uma catástrofe porque “a situação em Gaza está além das palavras. A Cisjordânia ocupada está à beira do abismo, arriscando uma explosão a qualquer momento”. Embora a maior parte da atenção global esteja centrada em Gaza, Borrell disse que “não devemos esquecer o que está acontecendo na Cisjordânia”, onde está sediada a Autoridade Palestina.

Ele também respondeu às ameaças israelenses de atingir financeiramente os palestinos. Na quarta-feira, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, disse que iria parar de transferir receitas fiscais destinadas à Autoridade Palestina, uma medida que ameaça prejudicar a sua já diminuída capacidade de pagar salários a milhares de funcionários. Desde a década de 1990, Israel cobra receitas fiscais em nome dos palestinos e tem utilizado o dinheiro como ferramenta para pressionar a AP.

Após o ataque do Hamas que desencadeou a guerra em Gaza, Smotrich congelou as transferências, mas Israel concordou em enviar o dinheiro para a Noruega, que o transferiu para a AP. Smotrich disse na quarta-feira que estava encerrando esse acordo. “As receitas indevidamente retidas têm de ser liberadas”, disse Borrell, com o ministro das Relações Exteriores norueguês, Espen Barth Eide, ao seu lado.

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