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Mundo

Após derrota em votação da UE, Macron convoca eleições legislativas

Presidente da França decidiu dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas

Por Agência Estado

10 de junho de 2024, às 07h00 • Última atualização em 10 de junho de 2024, às 08h39

Em uma reação imediata à derrota para a extrema direita nas urnas na eleição do Parlamento Europeu, em disputa que durou toda a semana passada e terminou neste domingo, 9, o presidente da França, Emmanuel Macron, decidiu dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas. Com a decisão, um novo pleito ao Legislativo francês irá ocorrer entre os dias 30 de junho e 7 de julho, com primeiro e segundo turnos.

De acordo com estimativas dos institutos de pesquisa Ifop e Ipsos, o candidato de extrema direita do Reunião Nacional (RN), Jordan Bardella, obteve entre 31,5% e 32,4% dos votos, seguido de longe pela candidata da situação Valérie Hayer (15,2%) e pelo socialista Raphael Glucksmann (14% a 14,3%). “Macron é esta noite um presidente enfraquecido”, disse Bardella.

Também no domingo, a líder do RN, Marine Le Pen, celebrou o resultado e declarou que o partido está “pronto para exercer o poder”. A votação, uma das melhores da história da legenda, confirma os esforços de Le Pen para dar uma imagem mais moderada à formação que herdou em 2018 de seu pai, Jean-Marie Le Pen, conhecido por seus comentários racistas e antissemitas.

Esses resultados também poderiam impulsionar as chances de Le Pen para a eleição presidencial de 2027, na qual Macron não poderá concorrer. Em 2022, o centrista venceu a ultradireitista no segundo turno com 58,54% dos votos.

As eleições antecipadas não afetariam o mandato de Macron, que permaneceria como presidente até 2027, mas ele poderia ter de compartilhar o poder com um governo de outro espectro político pouco antes dos Jogos Olímpicos de Paris neste ano, uma “coabitação” que ocorreu apenas duas vezes, entre conservadores e socialistas, desde 1958.

PARLAMENTO

Uma projeção inicial da Comissão Eleitoral da União Europeia (UE) indica que os partidos de extrema direita obtiveram vitórias importantes nas eleições para o Parlamento Europeu.

No entanto, mesmo perdendo assentos para legendas lideradas pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pelo líder húngaro Viktor Orbán, por Geert Wilders, na Holanda, e por Le Pen, na França, os membros pró-UE ainda deverão ter maioria no colegiado.

As projeções sugerem que a soma dos conservadores moderados, dos social-democratas e dos liberais centristas continuará a ser maioria, em um grande bloco com 389 assentos, de um total de 720. Já o grupo político de extrema direita está dividido em dois. De um lado, está o bloco Conservadores e Reformistas (ECR) e, do outro, o Identidade e Democracia (ID), separados por posições diferentes até sobre a própria manutenção da UE.

Após as primeiras projeções de resultados, a presidente da Comissão Europeia e candidata ao segundo mandato, a alemã Ursula von der Leyen, prometeu combater “os extremos”. “Vamos construir um baluarte contra os extremos da esquerda e da direita. Vamos contê-los. Isso é certo”, disse Ursula. Alemanha, com 96, França, com 81, Itália, com 76, Espanha, com 61, e Polônia, com 53, são os países com mais representantes no Parlamento Europeu.

REVÉS

Além da França, outra derrota relevante dos moderados ocorreu na Alemanha.

Segundo projeções feitas pelos canais públicos de televisão ARD e ZDF, os social-democratas, do chanceler Olaf Scholz, obtiveram 14% dos votos, atrás dos conservadores (CDU e CSU), com 30%, e da extrema direita, do Alternativa para a Alemanha (AfD), que estava com 16,5%. “É um resultado muito amargo para nós”, declarou Kevin Kuehnert, secretário-geral do SPD, partido de Scholz. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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