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Farmácia online, nova maneira de comprar medicamento
Compras em farmácias online podem render até 97% de desconto em remédios
Por Da Redação
25 de agosto de 2019, às 08h27 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 10h39
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/economia/farmacia-online-nova-maneira-de-comprar-medicamento-1064035/
Até a década de 1970, o costume de ir à farmácia do bairro para não só comprar este ou aquele xarope específico, mas também para uma “consulta” com o farmacêutico, fazia as vezes de médico da família, existindo aí uma relação de proximidade com seus clientes.
Contudo, as sucessivas crises econômicas que assolaram o País no decorrer das décadas seguintes, começou a demandar uma gestão mais eficiente do negócio, fazendo com que as vendas “no fiado” praticamente desaparecessem para dar lugar a um modelo mais profissional de gestão de fluxo de caixa, estoques, etc.
O retorno da estabilidade econômica, já pelos anos de 1994, deu ânimo aos empreendedores e o número de farmácias no Brasil começou a crescer.
Segundo o site Clinicarx, a composição da estrutura das farmácias no Brasil atualmente é: 56,2% de farmácias de grandes redes, 14,6% de franquias e associativas e 29,2% das independentes, ou seja, os estabelecimentos “sem bandeira” correspondem à 2/3 do total.
Num País onde o aumento da expectativa de vida da população chega a 76 anos – maior média da história, segundo dados de 2018 do IBGE, a equação envelhecimento x sistema de público de saúde é difícil de solucionar, sendo que por volta de 2060, a população com mais de 60 anos dobrará e atingirá 32,1% dos habitantes segundo essa mesma pesquisa.
Dentro desse cenário, o que é mais conveniente para o consumidor: comprar diretamente em grandes redes, que oferecem cartões de fidelização, promovem campanhas publicitárias com esportistas famosos, etc., e cujo custo, obviamente estará embutido no preço final, ou a compra em lojas independentes que têm que se alijar de toda a parafernália de marketing e tentar melhorar cada vez mais atributos como proximidade e facilidade de acesso, amabilidade e profissionalismo dos atendentes, prestação de serviços pela farmácia, disponibilidade do produto e por último, preço?
MAIS CAROS
Com a agitação do dia a dia e a proliferação massiva das grandes redes nos últimos anos – podemos dizer que principalmente nos grandes centros, a cada 2 quarteirões encontramos uma farmácia de rede, com muitos produtos de higiene, beleza e até guloseimas como balas, chicletes, etc. E, por conta da comodidade, as pessoas acabam optando por comprar nesses locais, chegando a pagar até 70% a mais se escolhessem as chamadas independentes.
Outro “concorrente” é também o comércio online, embora, segundo dados da Clinicarx, somente 1,2% das compras são feitas fora das lojas físicas, muito provavelmente pela cultura ainda insipiente de fazer compra de medicamentos através da internet, uma vez que existem aqueles casos que é necessária a retenção da receita pelo estabelecimento para efeitos de fiscalização.
Contudo, essa forma de compra já foi regulamentada, e sites como o Netfarma realizam a venda dos produtos que devem ter a receita retida através da análise da receita, via celular, por um farmacêutico profissional.
Vale lembrar que a expectativa de vida é algo muito presente atualmente e que enquanto existirem essas vidas para serem cuidadas, o business farmácia crescerá na mesma proporção.
A questão central é repensar o relacionamento com os clientes, aliando a tecnologia, que sempre será importante, a itens como serviços farmacêuticos – controle de diabetes e colesterol, aconselhamento do profissional farmacêutico, etc. E nos locais mais distantes, longe dos grandes centros, sua presença é fundamental não somente em termos de preço, mas pelo papel quase que social que presta a uma determinada comunidade.
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