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Controle

Atitudes que vão ajudar a colocar as contas em dia

Ao anotar cada gasto, cada compra, será possível ter um panorama geral da sua situação econômica

Por Agência Estado

16 de fevereiro de 2020, às 08h37 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 10h15

O maior desejo financeiro do brasileiro para este ano é guardar dinheiro: 49% dos entrevistados apontaram essa vontade como sua principal meta para 2020. Outros 30% esperam fazer uma viagem; 28% comprar ou reformar a casa; e 27% sair do vermelho. São os objetivos apontados em pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Todos esses objetivos demandam uma ação comum em torno da organização financeira. E o que fazer para concretizá-los? Engana-se quem pensa que a resposta exige atitudes ou decisões mirabolantes. De acordo com Ariane Marta, contadora, o caminho é construído por pequenas atitudes e iniciativas.

“O maior erro dos brasileiros está no medo de encarar as contas de frente”, começa ela. Há pessoas com medo de verificar o saldo da conta, ou de abrir o extrato do banco.

Foto: Divulgação
Ao identificar quanto gasta, o próximo passo é se propor a guardar uma parte do seu salário todo mês, seja 5%, 10% ou até 25%.

“Muita gente não tem controle ou não sabe o quanto gasta por mês, então não consegue definir sua renda mensal fixa, gastos com refeição, transporte, saúde, aluguel, entre outros custos.” Para ajudar a pôr a casa em ordem, ela listou cinco passos.

O primeiro é começar o quanto antes e com as ferramentas que estiverem disponíveis. “Não espere pelo melhor app ou pela melhor planilha do excel, pegue um bloquinho de notas e escreva o que você tem de contas para este mês e para os meses seguintes. Não deixe de relacionar todas as parcelas que estão em aberto, que vão vencer ainda no futuro. Ela lembra que para quem tem dívidas, agora é uma boa hora para negociá-las, já que os juros caíram bem.

Na hora de pensar nos gastos é fundamental distinguir o que é necessário e o que é desejo. “Existe uma diferença muito grande entre as compras necessárias e as que são para nos agradar”. Ela cita por exemplo, que é preciso deixar uma parte do salário para as refeições, mas não há necessidade de ir ao restaurante toda a semana. Existe aí, portanto, a possibilidade de fazer uma boa economia.

“Leve marmita ao trabalho, deixe de comprar aquele cafezinho de todos os dias, ou aquele chocolatinho após o almoço. Você verá, pequenas atitudes tem um grande resultado no fim do mês”. Ela ressalta, no entanto, que dá para reduzir os gastos, mas sem radicalismos: “Isso não quer dizer que precisamos nos privar de luxos, mas tudo é uma questão de equilíbrio”, pondera Ariane

SITUAÇÃO GERAL

A tarefa não é das mais agradáveis, mas ao anotar cada gasto, cada compra, segunda ela, será possível ter um panorama geral da situação e perceber como as pequenas despesas podem se tornar uma bola de neve no fim de cada mês.

“Anote tudo o que gasta, seja aquele cafezinho, almoço ou mesmo uma conta maior, como a fatura de um cartão de crédito, por exemplo”. Faça mesmo com as entradas de dinheiro. Esse acompanhamento pode ser feito em planilhas, em aplicativos pelo celular ou em caderninho. Não importa, o fundamental é ir relacionando tudo.

Ao identificar quanto gasta, o próximo passo é se propor a guardar uma parte do seu salário todo mês, seja 5%, 10% ou até 25%. “É importante reservar parte dessa renda que entra, todo mês, logo que o salário cai na conta”. Depois de separar o necessário para os gastos fixos convém separar uma parcela para formar uma reserva financeira. Regina Pitoscia_Agência Estado

Ter ou não cartão de crédito

A contadora Ariane Marta aponta os riscos e as vantagens em ter um cartão de crédito. “Para ter cartão de crédito é preciso disciplina. É uma opção que funciona muito bem, mas é necessário ter conhecimento sobre o quanto você pode gastar”. Mas do que isso ela lembra que o segredo para uma boa administração do cartão é não pagar o mínimo, e sim a fatura cheia.

“Se você paga o mínimo acaba lidando com juros absurdos. Caso a pessoa não seja comprometida em pagar as despesas em dia e não consiga gastar dentro do seu limite, é melhor abrir mão do cartão e se programar para pagar a vista, ao invés de criar parcelas”. O uso frequente do cartão pode inclusive ser revertido em número de pontos para retirada de produtos e serviços, ou em milhas para usar em viagens. É uma forma de tornar o custo de manutenção mais baixo.

E na hora da compra é fundamental a pesquisa de preços, além de optar pelas condições mais econômicas, como pagar à vista e ter algum desconto, ou comprar em um número menor possível de parcelas.

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