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Economia

Reforma da Previdência interessa ‘até para o servidor’, diz Bolsonaro

Por Agência Estado

05 de junho de 2019, às 17h01 • Última atualização em 05 de junho de 2019, às 19h03

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, 5, que a proposta de reforma da Previdência interessa a todo o Brasil, “até para o servidor”. “Se não reformar, vai faltar dinheiro para pagar o servidor lá na frente. De maneira que nós precisamos mostrar para o mundo lá fora e para os investidores aqui de dentro que nós estamos fazendo o dever de casa. O Brasil não pode continuar gastando mais do que arrecada”, disse. “Acreditamos nós que, com a reforma aprovada basicamente como foi apresentada, investimentos virão e nós podemos decolar na economia.”

Bolsonaro participou do lançamento do programa “Juntos pelo Araguaia”, em Aragarças, no Goiás, que prevê a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia.

Também presentes no evento, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), defenderam a permanência de Estados e municípios na proposta que modifica as regras de aposentadoria. O tema é um dos assuntos mais polêmicos da proposta.

A ofensiva de governadores e prefeitos para serem abarcados na proposta é grande e, como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), os municípios ameaçam recorrer à Justiça caso fiquem de fora.

Sob a ameaça de exclusão de servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência, prefeitos se articulam para manter ao menos os municípios na proposta, mesmo que os Estados sejam retirados. Eles ameaçam acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a inclusão das prefeituras na reforma.

“Nós temos que fazer as reformas, sim. E elas têm que ser inclusivas aos Estados e municípios dando espaço à educação, saúde e oportunidade de emprego”, disse Caiado.

“Gente, pelo amor de Deus, não deixem os Estados e municípios fora dessa reforma”, pediu o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes. “Senão daqui uns anos nós vamos estar trabalhando apenas e exclusivamente para pagar nossos aposentados”, afirmou. “Não sobra dinheiro para cuidar da saúde, das estradas, das escolas.”

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