25 de abril de 2024 Atualizado 13:09

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Saque do FGTS

Saque não compensa para contas com saldo elevado

Economista alerta que trabalhador demitido sem justa causa não poderá sacar a totalidade do fundo e ficará com uma grande cifra retida rendendo pouco

Por Agência Estado

25 de julho de 2019, às 07h08 • Última atualização em 25 de julho de 2019, às 12h01

Quanto maior o saldo que o trabalhador tem depositado no FGTS, menos interessante é aderir ao saque aniversário, alertam economistas especializados em finanças pessoais consultados pelo Estado de S.Paulo. Mauro Rochlin, economista e professor da FGV, destaca que a própria tabela divulgada pelo governo no caso da opção de saque aniversário mostra essa desvantagem.

Clique aqui e entenda as regras para saques do FGTS e do PIS/Pasep.

É que os porcentuais liberados do FGTS são menores para os saldos maiores. No caso de um saldo acima de R$ 20 mil, por exemplo, será autorizado, a cada ano, o saque de 5% do valor depositado, acrescido de R$ 2.900. Já o trabalhador que tem até R$ 500 de saldo poderá sacar 50%.

Bruno Lavieri, economista da 4E, concorda com Rochlin e aponta outra desvantagem para o trabalhador com saldo elevado que aderir ao saque aniversário.

Em caso de demissão sem justa causa, esse trabalhador não poderá sacar a totalidade do fundo e ficará com uma grande cifra retida rendendo pouco exatamente quando mais necessita dos recursos. O trabalhador que optar pelo saque-aniversário terá direito à multa de 40% sobre os pagamentos feitos pelo empregador – as regras não foram mudadas nesse quesito.

Antecipação

O trabalhador que optar pela nova modalidade de saque-aniversário poderá usar os recursos como garantia para empréstimo pessoal. Nesse caso, o pagamento das parcelas será descontado diretamente da conta do trabalhador no FGTS no momento em que for feita a transferência de recursos do saque aniversário.

O modelo é similar à antecipação da restituição do Imposto de Renda ou do pagamento do 13º salário. Hoje, os bancos oferecem linhas que antecipam os recursos a taxas menores, já que não há risco de calote.

O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, estimou que o uso do FGTS como espécie de recebível poderá injetar R$ 100 bilhões em garantias de crédito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Publicidade