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Economia

Juro curto fecha na mínima histórica, com dólar e espera por IPCA-15

Por Agência Estado

22 de janeiro de 2020, às 19h30 • Última atualização em 22 de janeiro de 2020, às 20h34

As expectativas em torno do IPCA-15 e o dólar em queda levaram a curva de juros para baixo em todos os trechos, com especial recuo nos vencimentos de curto e médio prazo. No contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, que reflete melhor as previsões para política monetária, a taxa fechou a sessão regular e estendida em 4,340%, a menor da história. Desta forma, a aposta de corte da Selic em 0,25 ponto porcentual daqui a duas semanas passou de 63% ontem para 73%, nos cálculos da Quantitas Asset Management.

A taxa do DI para janeiro de 2023 recuou de 5,600% ontem para 5,540% (regular e estendida). A do janeiro 2025 passou de 6,340% para 6,300% (regular e estendida). E a do janeiro 2027 foi de 6,730% para 6,700% (regular) e 6,690% (estendida, na mínima).

Na véspera da divulgação do IPCA-15, que deve mostrar que o alívio nos preços de proteínas chegou ao consumidor final, o câmbio foi fator determinante para a queda ainda mais acentuada das taxas. O dólar à vista fechou a R$ 4,1753, em baixa de 0,71%, o que coloca o real como uma das três moedas que mais se valorizou ante a divisa americana hoje.

“A distensão do dólar fez o mercado voltar ao principal: como vai se comportar a política monetária?”, disse o economista e operador de renda fixa da Nova Futura, André Alírio. “E, na margem, está se consolidando, a cada dia que passa, a continuidade do afrouxamento, dada a moderação das pressões inflacionárias do preço das carnes.”

A percepção de Alírio é compartilhada por economistas do mercado financeiro. Na pesquisa do Projeções Broadcast sobre o IPCA-15 de janeiro, outros profissionais disseram esperar que as carnes devem conduzir a uma descompressão do índice. Para o indicador cheio, as estimativas de 41 casas vão de 0,55% a 0,76%, com mediana de 0,70%. Em dezembro, havia sido de 1,05%.

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