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Economia

Entenda os novos hábitos de poupar dos jovens

600 mil brasileiros com até 24 anos já investem em ações na bolsa de valores: mudança de padrão e os reflexos desses jovens por serem filhos de uma geração de endividados

Por Thalita Sollazzo - Quatro Comunica

03 de março de 2022, às 07h16 • Última atualização em 03 de março de 2022, às 07h18

De acordo com um levantamento feito pela B3 – a bolsa brasileira, mostra que a idade média do investidor no mercado acionário nacional recuou 11 anos desde 2016. Nos dias atuais, dos 5 milhões de brasileiros com contas na B3, 62% têm menos de 40 anos, e ainda, um total de 600 mil brasileiros com idade de até 24 anos já investem em ações, o que representa 12% do total.

600 mil brasileiros com até 24 anos já investem em ações na bolsa de valores – Foto: Adobe Stock

Para Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro, muitos desses jovens sentiram na pele os reflexos de famílias endividadas, e isso tem sido um motivador para os jovens procurarem maneiras de sair desse comportamento e ‘virar o jogo’ investindo na Bolsa, além da mudança de comportamento e novos hábitos como o consumo sustentável que é visível.

“Em nossos alunos e clientes da ACI (tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável), observo o quanto é libertador entender como nossos comportamentos financeiros foram adquiridos e a partir disso a compreensão de que eles podem ser mudados. Hora estamos reproduzindo comportamento de forma sem perceber, e hora estamos reagindo a experiências passadas de forma inconsciente, e isso prejudica muito a forma que as pessoas se relacionam com dinheiro”, comenta Rebeca.

A especialista explica que um dos motivos por esses jovens estarem investindo são as condições de vida e a incerteza do amanhã que os pais tinham, e a partir dessas consequências, iniciam uma relação diferente mais sustentável com o dinheiro e com o consumo.

“Pode-se dizer que a razão vai além de não querer mais passar por trocas de escola, mudança de casa e de até não ter tido acesso à educação, saúde de qualidade e cultura e lazer por instabilidade financeira dos pais, mas sim de também evitar reproduzi-las junto a seus filhos. Além disso, o jovem já entendeu que vai viver mais que seus pais e o mercado de trabalho e a previdência tem sofrido rápidas e intensas mudanças, e que por isso, não deve esperar segurança e estabilidade nesse cenário”, alerta, Rebeca.

Muitas vezes as pessoas não conseguem poupar por buscarem alívio emocional com consumo, e assim acabam gastando até o que não tem para ter a sensação de alívio ou até felicidade.

Mas para mudar o jogo, é necessário desenvolver competências para poupar mais dinheiro e começar a investir no propósito, pensando em um futuro sustentável e em um planejamento de bem-estar financeiro.

Portanto, ter consciência sobre os impactos de seu padrão de consumo em suas finanças, na sociedade e no meio ambiente, é fazer boas escolhas no presente sem colocar o futuro do planeta em risco, como por exemplo: utilizar produtos orgânicos, de produtores que não usam mão de obra escrava e marcas que incluem minorias.

“A revolução pela qual o mercado tem passado contribui para que esse jovem tenha mais interesse e acesso a produtos e conhecimento financeiro, e isso ajuda bastante na mudança de atitude. A tecnologia e diversidade de ofertas de produtos financeiros motiva e facilita a entrada de pessoas cada vez mais jovens no mercado”, finaliza Toyama.

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