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Economia

Bolsas de NY caem com covid-19 e Dow Jones tem pior 1º trimestre da história

Por Agência Estado

31 de março de 2020, às 19h30 • Última atualização em 31 de março de 2020, às 20h03

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, 31, em mais um dia marcado pela volatilidade, com investidores respondendo ao noticiário sobre a covid-19 e seus impactos na economia global. Com o fechamento de hoje, o índice acionário Dow Jones registrou o pior resultado já visto para o primeiro trimestre do ano e os piores três meses consecutivos desde 1987. O S&P 500, por sua vez, encerrou o pior trimestre desde 2008. Declarações pessimistas da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de San Francisco, Mary Daly, sobre a economia americana influenciaram o humor dos investidores e o mercado acionário acentuou perdas.

O índice Dow Jones fechou em queda de queda de 1,84%, aos 21.564,16 pontos, e o S&P 500 recuou 1,60%, a 2.584,59 pontos. No trimestre, os dois índices recuaram 23,20% e 20%, respectivamente. O Nasdaq, por sua vez, fechou em queda de 0,95%, a 7.700,10 pontos. Os papéis da Boeing se desvalorizaram 2,06% e as ações da Microsoft caíram 1,57%, enquanto as da Apple recuaram 0,20%.

A Ford, que pretendia reiniciar suas atividades em 6 de abril, decidiu adiar a retomada da produção em fábricas da América do Norte para proteger funcionários da pandemia. As ações da empresa caíram 3,98%. Já no setor aéreo, as ações da United Airlines subiram 4,61% com incentivo do Departamento do Tesouro dos EUA, que pediu a empresas do setor que entreguem pedidos de subsídios e empréstimos até sexta-feira.

As bolsas chegaram a ficar no azul pela manhã (no horário de Brasília), após o índice de confiança do consumidor americano ter apresentado um recuo em março menor do que esperavam os analistas. As ações de companhias ligadas ao setor de construção também se fortaleceram após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar no Twitter que defende um pacote de infraestrutura de US$ 2 trilhões no país.

Mas a aversão por risco retornou assim que a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de São Francisco, Mary Daly, disse que os Estados Unidos já podem estar em recessão.

Para o ING, o tamanho do dano econômico ainda é muito incerto, “mas é certo que será grande”. “Os governos agora precisam se concentrar em mitigar esse dano. Este é o momento de lançar a grande artilharia; não é hora de ser tímido, mas de fazer o que for preciso, rápido”, avalia o banco.

A LPL alerta que “as últimas notícias da covid-19 estão focadas em saber se os pontos de foco, incluindo Itália, Espanha e Nova York, já passaram pelo pico do surto”.

Já a Capital Economics acredita que, nos próximos meses, haverá evidências crescentes de que a pandemia foi controlada em boa parte do mundo, incluindo os EUA. “E achamos que isso preparará o cenário para uma recuperação mais duradoura nos mercados acionários globais mais à frente”. Por enquanto, a instituição sustenta que é improvável que o mercado de ações se recupere antes de a covid-19 estar controlado no mundo todo.

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