Cotidiano
Por imunizante, Fórum dos Governadores busca alinhamento com OMS
Governadores também vão tentar apoio no Congresso para garantir o desenvolvimento pleno das pesquisas de vacina em curso no Brasil
Por Agência Estado
31 de outubro de 2020, às 08h13 • Última atualização em 31 de outubro de 2020, às 13h04
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/por-imunizante-governadores-buscam-alinhar-se-a-oms-1350003/
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), está articulando uma reunião com Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da oficina regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar sobre a vacina contra Covid-19.
Dias foi escolhido por seus pares, no Fórum dos Governadores, para ser o porta-voz nas articulações sobre o produto que, apesar de ainda não existir com eficiência cientificamente comprovada, já tem motivado ações judiciais e impasses envolvendo os governos estaduais e federal. A ideia é definir uma linha para o desenvolvimento da vacina, no Brasil, alinhada com o trabalho da OMS em todo o mundo.
Na semana que vem, os governadores vão se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tratar do assunto. A intenção é tentar encontrar caminhos pelo Legislativo para garantir o desenvolvimento pleno das pesquisas em curso no Brasil e, assim que houver aprovação dos órgãos legais, garantir a sua distribuição.
Rodrigo Maia tem dito que não se pode deixar espaço para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre questões ligadas ao medicamento. Para o presidente da Câmara, o Congresso e o Poder Executivo devem tomar a dianteira nessa discussão sobre a obrigatoriedade da vacina.
Há, atualmente, dois principais impasses envolvendo a vacina no Brasil. Um é se o medicamento deverá ser obrigatório ou não. O presidente Jair Bolsonaro é contra impor a vacinação. O outro é sobre o desenvolvimento e a negativa do governo para a produção da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantã, em São Paulo.
Bolsonaro já repetiu algumas vezes que não vai comprar essa vacina específica pela sua nacionalidade.Dependendo do curso das pesquisas, a Coronavac pode ser aprovada antes da que está sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com a AstraZeneca, que tem o apoio de Bolsonaro. Os governadores defendem que, independentemente da origem da vacina, todas as pesquisas sejam incentivadas pelo governo e possam ser distribuídas para os brasileiros pelo SUS.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.