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Cotidiano

Pesquisadores descobrem nova espécie de jiboia nativa da Mata Atlântica

Espécie já era conhecida na Biologia, mas estava classificada de forma errada, como sendo uma jiboia comum

Por Agência Estado

11 de junho de 2024, às 11h38 • Última atualização em 11 de junho de 2024, às 14h28

A jiboia da Mata Atlântica é encontrada em áreas com essa vegetação, entre os Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte - Foto: Uece_Divulgação

Pesquisadores do Instituto Butantan, do Museu Nacional e da Universidade Estadual do Ceará (UECE) descobriram uma nova espécie de jiboia nativa da Mata Atlântica, a jiboia-atlântica. Com nome científico Boa atlantica, em homenagem ao bioma de habitat da cobra, o achado dos pesquisadores brasileiros foi publicado na revista científica Plos One, em abril.

A espécie já era conhecida na Biologia, mas estava classificada de forma errada, como sendo uma jiboia comum (a Boa constrictor). A jiboia da Mata Atlântica é encontrada em áreas com essa vegetação, entre os Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Os cientistas levaram cerca de dois anos para realizar as análises que diferenciaram as espécies do animal encontradas no Brasil. O trabalho consistiu em verificar diversas características presentes na espécie recém-descoberta, além da coleta de evidências morfológicas e moleculares, por meio do recolhimento do DNA da cobra. A pesquisa comparou a Boa atlantica com outras mil cobras da espécie.

Uma das diferenças identificáveis a olho nu, por exemplo, são as manchas da jiboia-atlântica, seu formato e coloração, que são diferentes das outras jiboias já conhecidas e catalogadas. A pesquisa detalha que ela pode crescer até dois metros e não tem veneno, assim como os outros tipos de jiboias, que têm como defesa a constrição, ou seja, matam a presa pela asfixia.

A homenagem no nome do animal vem também da preocupação dos cientistas em relação à preservação da Mata Atlântica, como destacam no artigo. O bioma onde a cobra foi identificada abriga mais de 2.500 invertebrados e mais de 20 mil espécies de plantas, com muitas outras que ainda não foram descobertas ou descritas. A discussão sobre isso no artigo também aponta para importância da conservação e preservação desse hábitat.

O artigo completo publicado está disponível no site da revista Plos One.

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