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Brasil

Ministério da Saúde promete 22,9 milhões de testes do novo coronavírus

Desse total, 14,9 milhões de testes são aqueles em que há coleta de material no nariz e na faringe da pessoa, com uso de um cotonete

Por Agência Estado

24 de março de 2020, às 18h23 • Última atualização em 24 de março de 2020, às 18h36

O Ministério da Saúde anunciou que prepara um pacote de medidas para que sejam realizados 22,9 milhões de testes de coronavírus no País, nas próximas semanas. Desse total, 14,9 milhões de testes são aqueles em que há coleta de material no nariz e na faringe da pessoa, com uso de um cotonete.

Esse teste demora alguns dias para ter obtido seu resultado, mas é o mais seguro, conforme o protocolo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, afirmou em coletiva de imprensa que, até o dia 30 de março, a Fiocruz vai ceder 2 milhões de testes desse tipo. Mais um 1 milhão seriam cedidos pela fundação nos próximos três meses. A Petrobrás vai ceder outros 600 mil testes até 30 de março.

Em abril, há previsão de que mais 1,3 milhão de outros testes sejam realizados. Paralelamente, o governo federal negocia a compra de mais 10 milhões de testes, que está em andamento. “Possivelmente o Brasil vai ser um dos que vai registrar o maior número de casos, porque nós vamos testar muita gente”, disse Wanderson Kleber de Oliveira.

Um segundo tipo de teste rápido – que é um exame de gotinha e tem limitações, sendo mais usado em triagem para emergência – também será intensificado. Até o dia 30 de abril, a Fiocruz deve conceder 3 milhões de estes desse tipo. A mineradora Vale também deve doar outros 5 milhões de testes, somando 8 milhões de testes rápidos.

Serão realizados, portanto, 2 milhões de testes mais complexos e 3 milhões de testes rápidos até 30 de abril. No momento atual, segundo o governo, a aplicação dos testes vai ser intensificada em profissionais de saúde e de segurança, além da verificação dos casos graves e óbitos. A ideia é utilizar a estratégia para cidades com mais de 500 mil habitantes e pode ser uma ferramenta para conter surtos.

Segundo estimativas do governo, de cada 100 pessoas com coronavírus, apenas 14% têm sido confirmadas até o momento. O Brasil registra um total de 46 óbitos no território nacional e 2.201 registros positivos de coronavírus.

País precisará de 30 mil testes por dia, diz secretário

O secretário de Vigilância Sanitária, Wanderson Oliveira, afirmou que o Brasil precisará produzir de 30 mil a 50 mil testes por dia durante o período de pico do novo coronavírus no Brasil. Atualmente, a capacidade do Brasil é de cerca de 7 mil testes por dia.

“A questão dos testes está em construção, para que a gente possa enfrentar o pico da epidemia temos que ter capacidade de 30 mil a 50 mil testes por dia, essa é a escala que temos que chegar. Não temos essa escala ainda, não temos isso agora, vamos chegar nas próximas semanas”, disse Wanderson.

O secretário disse que, além de conseguir mais máquinas e insumos para viabilizar testes, também é preciso ter equipamento de proteção e pessoas treinadas. Com a compra de novos testes, o Ministério da Saúde promete mais de 20 milhões de testes no total para o Brasil.

“É importante esclarecer que estamos buscando toda a disponibilidade de testes no mercado internacional. Neste momento, a Índia acabou de fazer um bloqueio por 21 dias de todo o seu território nacional. A China está com dificuldade de fornecimento de insumos. Fornecedores de máquinas não consegue, suprir o mercado internacional”, avaliou Wanderson.

Ele disse que o Ministério da Saúde mantém diálogo com o Ministério da Agricultura, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Polícia Federal para conseguir parceiros que emprestem máquinas para realização de testes no Brasil. “É um esforço hercúleo”, avaliou o secretário. Possivelmente será a maior pandemia do século. Esperamos que seja menos letal do que a pandemia de 1918″, disse.

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