O número de votos brancos e nulos para prefeito caiu nas cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) – Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia – nas eleições deste ano, se comparado com o pleito passado.

Nova Odessa teve a maior queda em pontos percentuais, de 13,43% em 2020 para 7,15% em 2024.

O voto branco está disponível na urna eletrônica, sendo uma das alternativas para quem não quer votar em algum candidato.

Já o voto nulo ocorre quando o número digitado na urna não corresponde a nenhum candidato. Os votos brancos e nulos não têm efeito no resultado final da votação.

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Em Americana, a somatória de brancos e nulos chegou a 14.882 no último domingo (6), representando 11,18% do total de votos. Na eleição passada, entretanto, o número foi de 18.273 votos, equivalentes a 14,19% da totalidade.

Santa Bárbara d’Oeste, por sua vez, passou de 14,63% votos brancos e nulos para 9,22% neste ano. A diferença é fruto de uma queda de 5.713 votos de uma eleição para outra – 15.697, em 2020, contra 9.984 neste ano.

De acordo com o pesquisador de doutorado em ciência política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Otávio Catelano, a diminuição é positiva.

“O número mais baixo pode indicar que as pessoas estão conseguindo assimilar melhor as opções disponíveis.”

“Um número alto de votos brancos e nulos geralmente indica que os eleitores estão se sentindo pouco representados pela política institucional. Logo, não se interessam por buscar as opções disponíveis – ou até mesmo buscam, mas rejeitam todas”, afirmou.

Maior quantidade

Sumaré e Hortolândia representam a maior porcentagem – e quantidade – de votos brancos e nulos na região. Apesar disso, ambas registraram queda em comparação ao pleito anterior.

Neste ano, Sumaré teve 18.447 votos, equivalentes a 12,53%. Em 2020, foram 25.767, que representaram 18,79% do total. O município tem a segunda queda mais significativa da RPT, com 6,26%. Ao todo, foram 7.320 votos brancos e nulos a menos.

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Hortolândia, por fim, registrou uma queda de 2,34%, a menor da RPT. Neste ano, foram 15.939 votos brancos e nulos, enquanto na eleição anterior 17.944 votos.

“Uma hipótese possível, que precisa ser melhor investigada, é que isso seja efeito da polarização a nível nacional. A polarização pode ter tomado conta de algumas disputas municipais ou, em outras, ajudado os eleitores a escolherem seus votos com mais facilidade”, finalizou Catelano.