RPT NAS OLIMPÍADAS
Ciclo olímpico menor divide opiniões de atletas da região que estarão em Paris
Por conta da pandemia de Covid-19, esportistas tiveram apenas três anos para preparação e obtenção de índices
Por Lucas Ardito*
23 de julho de 2024, às 07h54 • Última atualização em 23 de julho de 2024, às 09h46
Link da matéria: https://liberal.com.br/esporte/esportes-da-regiao/ciclo-olimpico-menor-divide-opinioes-de-atletas-da-regiao-que-estarao-em-paris-2217065/
A preparação para os Jogos Olímpicos de Paris, que começam nesta quarta-feira (24), foi menor por conta da pandemia de Covid-19, que obrigou a Olimpíada de Tóquio, prevista para 2020, a ser disputada em 2021.
Assim, o ciclo olímpico para a edição de 2024 passou a ser de apenas três anos ao invés de quatro, que é o de costume. Entre os atletas da RPT (Região do Polo Têxtil) que estarão em ação na França, o assunto divide opiniões.
A região terá os americanenses Murilo Sartori, na natação, e Felipe Bardi, no atletismo. Além deles, Alexandre Galgani, nascido em Americana e morador de Sumaré, estará em ação nos Jogos Paralímpicos, que começam no fim de agosto. Apesar das opiniões serem diferentes, o trio entra em consenso no que diz respeito ao ciclo ter sido mais “corrido”.
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Para Murilo, o atual ciclo teve um início conturbado, devido à mudança para os Estados Unidos, onde treina e estuda na Universidade de Louisville. No entanto, após a adaptação ao estilo de vida e à natação norte-americana, entende que o ciclo de apenas três anos foi menos cansativo.
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“Acho que o ciclo olímpico não atrapalhou de maneira alguma a preparação para Paris. Na verdade, eu acho que foi até melhor, porque não foi um processo tão grande e tão maçante. Querendo ou não, um ano faz diferença. É claro que em um ciclo mais curto a gente acaba perdendo tempo de descanso. Acabamos uma olimpíada e praticamente já estávamos em cima de outra, mas tem os prós e contras”, explicou o nadador.
‘Acelerar o processo’
Bardi, por sua vez, reconhece que o ciclo menor fez com que as coisas tivessem de ser mais rápidas. “O ciclo foi menor, foram apenas três anos de ciclo olímpico, então a gente teve que acelerar o processo. Conseguimos o índice desde o ano passado, então isso deu uma tranquilidade para conseguir treinar melhor”, disse o velocista.
Galgani, por fim, ressaltou as competições que deixaram de acontecer no ano a menos de ciclo, o que diminuiu as chances de obtenção de índices olímpicos. “O ciclo foi menor e isso acaba prejudicando um pouco, porque querendo ou não dá pra fazer bastante coisa durante um ano. Fora as competições que acabaram não tendo por conta da pandemia, tivemos esses problemas. Infelizmente não teve muito o que fazer”, afirmou o morador de Sumaré.
*Estagiário sob supervisão de Guilherme Magnin.
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