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  Radar danificado por vice-prefeito de Sumaré custa R$ 140 mil

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Radar danificado por vice-prefeito de Sumaré custa R$ 140 mil

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Sumaré

Radar danificado por vice-prefeito de Sumaré custa R$ 140 mil

Preço do aparelho é equivalente a quase 20 meses de salário de Henrique do Paraíso (PRB); terceirizada afirma que equipamento passará por análise

Por Walter Duarte

26 fev 2019 às 10:07 • Última atualização 26 fev 2019 às 13:31

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A empresa Talentech Tecnologia informou nesta segunda-feira que o radar móvel danificado pelo vice-prefeito de Sumaré, Henrique Stein Sciascio, o Henrique do Paraíso (PRB) custa R$ 140 mil. O valor equivale a 19,6 meses de salário-bruto do político, que é de R$ 7,1 mil. O Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar o caso.

Na última quinta-feira, Henrique postou em suas redes sociais um vídeo em que ele chuta, bate contra o chão e recolhe um equipamento da terceirizada. Ele alegou, nas imagens, que a fiscalização era “imoral”.

Um dia depois, a empresa afirmou que tinha ordem de serviço da administração para operar no local – o radar estava na avenida Fuad Assef Maluf – e que se reuniria com representantes da prefeitura antes de adotar qualquer medida.

O encontro foi realizado nesta segunda e, de acordo com a assessoria da Talentech, foi solicitado um orçamento para que ela seja ressarcida. “Nosso laboratório vai responder se o prejuízo é total ou se há algo que se possa aproveitar. Se for total o valor é de R$ 140 mil. A prefeitura não informou se partirá dela ou do vice o ressarcimento e para nós não interessa. Se houver algum problema nisso há o Ministério Público”, disse a terceirizada.

Questionada, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Sumaré também não respondeu sobre a responsabilidade pelo pagamento. “Não há solicitação oficial sobre pedido de ressarcimento. Caso a empresa realize essa solicitação, a Prefeitura tomará as medidas necessárias”, afirmou.

O promotor de Justiça do Patrimônio Público de Sumaré, Rafael Pressuto, anunciou a abertura de um inquérito civil para investigar o episódio. O promotor encaminhou ofício solicitando que, no prazo de 10 dias, sejam encaminhadas cópias do procedimento licitatório relacionado à contratação de empresa e a portaria de eventual sindicância para apuração.