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  Alteração na qualidade da água não matou peixes, afirma Cetesb

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Alteração na qualidade da água não matou peixes, afirma Cetesb

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salto grande

Alteração na qualidade da água não matou peixes, afirma Cetesb

Agência não informou com quais possibilidades trabalha, mas recomendou evitar contato na represa do Salto Grande

Por George Aravanis

28 dez 2018 às 10:28 • Última atualização 28 dez 2018 às 10:33

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado) detectou, na quarta-feira, que a qualidade da água na represa do Salto Grande, em Americana, estava alterada, mas não o suficiente para causar a mortandade de peixes registrada no local. A agência, que investiga o caso, não divulgou com quais outras hipóteses trabalha. O órgão recomendou que as pessoas evitem ingestão e contato com a água da represa.

Os técnicos também não encontraram lançamentos pontuais de poluentes no reservatório. Na quarta-feira, a CPFL Renováveis, que administra a Salto Grande, informou que situações como a mortandade estão associadas com o lançamento de poluição difusa e pontual na represa.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Cetesb investiga motivos de peixes terem aparecido mortos na represa

De acordo com a assessoria de imprensa da Cetesb, os técnicos constataram na vistoria de quarta-feira a presença de peixes mortos. As análises realizadas (de ph, temperatura, condutividade e oxigênio) apresentaram resultados alterados, “mas não suficiente para causar a mortandade no ato da fiscalização”, informou a Cetesb, que encontrou no local aguapés e floração de algas.

Boa parte da represa está coberta pelos aguapés, que, em excesso, dificultam a entrada de luz na água e, consequentemente, a fotossíntese das algas e a oxigenação do ambiente aquático.

Em uma vistoria anterior, na sexta-feira, quando receberam outro relato de morte de peixes, os técnicos viram que os animais estavam subindo à superfície para buscar ar. Isso pode ser um sinal de baixa oxigenação, segundo a Cetesb.

A CPFL Renováveis retomou neste mês a remoção mecanizada dos aguapés (que havia sido interrompida ano passado para estudar formas mais eficazes de lidar com o problema) e afirmou que situações como a mortandade não têm qualquer relação com isso, e sim com o lançamento de poluição difusa e pontual na represa.

Adilson Zanardi, que encontrou na quarta centenas de peixes mortos às margens da Associação dos Cabos e Soldados da PM (Polícia Militar), disse que ontem não apareceram mais animais mortos.

A Cetesb pode ser avisada sobre casos pelo telefone (19) 3461-1550, das 8 às 17 horas, e pelo 0800.113.560, à noite, fins de semana e feriados.