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  Talento para negócios nasceu na infância

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  Talento para negócios nasceu na infância

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Empreendedoras

Talento para negócios nasceu na infância

Juliana Fernandes da Silva se lançou no mundo dos negócios aos 8 anos e se tornou a primeira empresária da família, dona de duas lojas em Americana

Por Da Redação

25 mar 2019 às 15:57 • Última atualização 25 mar 2019 às 17:16

Incentivar as crianças a empreender pode ajudá-las a desenvolver competências valiosíssimas para a vida adulta tal como acreditar e apostar na própria ideia. Talvez Cleusa não imaginava o caminho que a filha Juliana Fernandes da Silva trilharia a partir da venda de lacinhos e faixas de cabelo.

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal.JPG
Da infância até os dias atuais, Juliana comemora o feito mais recente em 19 de fevereiro inaugurou a segunda unidade

“Assim que a segunda unidade ficou pronta, eu e ela fomos as primeiras a entrar e depois de fazermos uma oração ela me disse: “Filha, a sua persistência e falta de acomodação te trouxe até aqui, olha o que conseguiu construir”, lembra Juliana, empresária e dona de duas unidades da loja Imperatriz, em Americana.

“Na escola, minhas amigas gostavam e queriam meus lacinhos. Inicialmente dei para algumas amigas, mas quando percebi o aumento da demanda decidi que faria deles um comércio. Ao falar para minha mãe que gostaria que ela confeccionasse uma escala maior para venda na escola, ela se negou a fazer e disse que, se soubesse que eu os vendia, nem para mim faria mais. Fiquei extremamente desapontada, mas hoje vejo que era apenas cuidado, minha mãe não queria que eu, tão nova, me dedicasse a qualquer outra coisa que não fosse aos estudos. Mas eu, como sempre quando coloco algo na cabeça, só descanso depois de conseguir, e assim foi, depois de dias de insistência a convenci, e nunca mais parei de empreender”.

Em 2002, Juliana acrescentou outro acessório a seu acervo: broches feitos com miçangas e alfinetes alusivos à Copa do Mundo. E mesmo com apenas 9 anos, Juliana tinha uma visão de negócios, então viu nas lojas de seu bairro a oportunidade de aumentar suas vendas deixando os acessórios no consignado, e assim fez sempre com a supervisão da mãe.

“Minha mãe percebeu que não teria mais jeito”, conta. “E mesmo achando precoce, sabia que isso me deixava feliz. Sempre tive muita vontade de ter meu negócio e deixei isso claro para minha família. Então o jeito era apoiar e supervisionar”.

Passou pela venda de cosméticos, lingeries e também confeccionou brincos e outras bijuterias para venda. Na fase adulta vendia roupas a domicílio, no mesmo período que cursava a faculdade de Gestão Empresarial, além do estágio.

“Minha rotina era um pouco puxada, eu fazia faculdade no período da manhã, assim que saía ia direto para meu estágio que era até as 18h, e somente depois desse horário me dedicava às vendas de roupas a domicílio, além dos finais de semana. Além dos meus compromissos, eu precisava estudar para as provas, já namorava e tinha uma vida social, mas mesmo sendo bem corrido não podia abrir mão, pois as vendas sempre foram algo que me completava”, relata a empresária fortalecendo o dom de empreendedora nata.

Juliana depois de seu estágio chegou a trabalhar em outros locais, até que aos 20 anos inaugurou a primeira loja Imperatriz no bairro Jaguari que, anos mais tarde mudou-se para o bairro São Vito, onde permanece até hoje. Quando veio a crise em 2015 ela conta que apostou em divulgação nas redes sociais remodelou a loja para mesmo com o tempo difícil obter crescimento, num mercado com a economia abalada, além da grande concorrência.

E então chegou a hora de buscar um segundo endereço para construção de uma loja maior, com uma estrutura que ela sempre idealizou para atender ainda melhor suas clientes. O local escolhido foi um prédio na Rua Florindo Cibin. Juliana fala que o medo é inevitável, mas que a vontade e determinação era ainda maior.

“Existem pessoas para te apoiar, te encorajar, mas também existem pessoas para te limitar. Cabia a mim saber o que filtrar e agregar nas minhas decisões. Na vida é preciso ter muita fé, honestidade e acreditar no seu potencial e no seu trabalho, foi isso que fiz”, frisa a empresária.

Da infância até os dias atuais, Juliana comemora o feito mais recente: em 19 de fevereiro inaugurou a segunda unidade em um suntuoso prédio na Rua Florindo Cibin.

“A marca Imperatriz já tem muita força, mas quero fortalecer ainda mais o nome para torná-la a marca referência de moda feminina em Americana e região, no que diz respeito a diferenciação, exclusividade, qualidade e atendimento de alto padrão, e de forma acessível as nossas clientes. Tenho muito a crescer e vou trabalhar incessantemente de forma honesta para chegar aonde almejo”, afirma a empresária.

Apoio da família é suporte fundamental

“O apoio da família é muito importante, não chegamos a lugar algum sozinhos. Eu sempre tive muito apoio dos meus pais, como já citei várias vezes, minha mãe sempre esteve presente em tudo o que me aventurava.

Meu pai por mais que tivesse outros planos para o meu futuro, como uma carreira corporativa, sempre esteve ao meu lado também e hoje sei que tem orgulho do que me tornei, além do meu marido que me encoraja sempre, acredita nas minhas ideias e no meu trabalho, o que fortalece ainda mais à vontade de sempre buscar mais avanços na carreira que eu escolhi.

Em especial nessa unidade nova, meus sogros estiveram muito presentes na organização para que conseguíssemos concluir dentro do prazo, e meus tios Cleide e Jomar que sempre tiveram uma participação enorme em nosso crescimento e sempre foram presentes em minha vida. Além também da ajuda do meu irmão Winicius e minha cunhada Júlia, agradeço infinitamente a Deus por todos eles, essenciais na minha vida”, diz Juliana.