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  Quando procurar um médico por causa de dor de cabeça?

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Quando procurar um médico por causa de dor de cabeça?

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Quando procurar um médico por causa de dor de cabeça?

Estar atento à frequência e sintomas é fundamental para saber o melhor momento de marcar uma consulta com um especialista

Por Da Redação

01 jul 2018 às 11:18

A cena é familiar: após chegar em casa do trabalho, a cabeça lateja e o corpo pede repouso. Basta um simples comprimido analgésico e uma noite de sono para a dor desaparecer e o dia seguinte ser produtivo. Mas, quando esse cenário vira rotina e prejudica a qualidade de vida, ou vem acompanhado de outros sintomas, deve-se ficar atento e procurar ajuda médica.

Foto: Freeimages.com
Estar atento à frequência e sintomas é fundamental para saber o melhor momento de marcar uma consulta com um especialista

“Existem inúmeros tipos de dor de cabeça. Por vezes não é a próprio problema, como no caso da habitual enxaqueca ou da cefaleia tensional, mas sim um sintoma de algo mais grave. Caso a dor de cabeça mude de característica em relação ao que está acostumado, tornando-se intensa e noturna, ou venha acompanhada de alterações na visão, enjoos, vômitos e até crises convulsivas, é preciso procurar um médico. Para o diagnóstico correto da causa desses sintomas, podem ser solicitados exames como tomografia e ressonância magnética cerebral”, explica Marcelo Prudente do Espirito Santo, neurocirurgião do Hospital Santa Catarina (SP).

Ao consultar o médico, tenha em mãos as seguintes informações sobre as dores de cabeça que vem sentindo, para facilitar o diálogo com o profissional e até o diagnóstico: quanto tempo a dor costuma durar? Em qual região ela é sentida? Qual é a intensidade? Que tipo de dor é (crônica, aguda)? Quais outros sintomas a acompanham?

EXCESSO DE MEDICAMENTO

Evite o uso excessivo de analgésicos, pois eles podem levar a um ciclo vicioso de dor e por vezes agravar o caso. Se os episódios de crise de enxaqueca ocorrerem 10 ou 15 vezes por mês, essa recomendação deve ser seguida à risca.

“Algumas células no sistema nervoso central produzem endorfina, que ajuda no combate à dor. O uso frequente de analgésicos acaba prejudicando a produção dessa substância, obrigando o paciente a toma-los cada vez mais, uma vez que as dores de cabeça se intensificam bastante”, afirma Marcelo.

Nesses casos, é indicado suspender a medicação para que o sistema nervoso volte a produzir endorfinas e o organismo desenvolva sua defesa natural contra as dores de cabeça frequentes.

“Embora a interrupção do uso de analgésicos nesta situação possa fazer com que o indivíduo sofra por um período, depois ele estará livre delas, graças ao aumento da produção de endorfinas”, conclui o especialista em Neurocirurgia do Hospital Santa Catarina.