Região
Polícia prende 20 em ação contra pornografia infantil
‘Anjo da Guarda’ foi desencadeada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (13); houve prisões em Americana, Santa Bárbara e Hortolândia
Por Leon Botão
13 dez 2016 às 12:43 • Última atualização 13 dez 2016 às 21:39
Link da matéria: https://liberal.com.br/arquivo-de-noticias/cidades/regiao/operacao-contra-pedofilia-prende-suspeitos-em-s-barbara-e-hortolandia-491640/
A Polícia Civil desencadeou nesta terça-feira (13) a operação “Anjo da Guarda”, que resultou na prisão em flagrante de 20 pessoas em todo o Estado de São Paulo, sendo dois homens moradores de cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), por posse e distribuição de material contendo pornografia infantil. A operação contou com 80 policiais em campo, que só ficaram sabendo do teor da ação na manhã desta terça. Foram apreendidos dezenas de computadores, HDs de armazenamento de dados, além de três armas. Em Americana, um procurado da Justiça por pedofilia acabou preso pela equipe da CPJ (Central de Polícia Judiciária), mas a prisão não está ligada à operação.
De acordo com informações da Polícia Civil, a operação tinha 20 alvos em 15 municípios, e todos acabaram presos. Na região, J.C.A., de 51 anos, foi preso em Santa Bárbara d’Oeste, e I.A., de 65 anos, foi detido em Hortolândia. Houve prisões também em Monte Mor e um alvo de Campinas foi detido em Santos. Houve ainda 5 presos em Piracicaba, sendo um deles estudante de Direito. Entre os presos, havia um representante de uma igreja, que armazenava dezenas de Bíblias em sua residência, e um detido tentou subornar os policiais. O homem preso em Santa Bárbara estava com uma arma e também responderá pelo porte ilegal.
O delegado seccional de Piracicaba, João Sérgio Marques Batista, que coordenou a operação, explicou que os presos não são uma quadrilha, já que não se conhecem, mas trocavam entre si o conteúdo pornográfico. Eles utilizavam um programa chamado Emule, que funciona em um sistema chamado “ponto a ponto”, em que todos baixam conteúdo, e todos servem como fonte para baixar os vídeos e fotos. Um dos presos, de Pedreira, tinha cerca de 300 mil arquivos, segundo a polícia.
“Eles acessavam, baixavam e compartilhavam material. Todos eram possuidor, baixavam e compartilhavam. Não há um servidor onde todos buscam”, explicou o delegado. Todos os alvos foram presos em flagrante, já que o crime deles é considerado contínuo. Eles foram encaminhados a centros de detenções e, agora, o Judiciário irá optar pelas prisões preventivas ou por liberar os acusados para responder em liberdade.
O delegado disse que os acusados não reagiram à prisão e afirmou que os homens envolvidos são perigosos somente às crianças. “Fizemos um grande trabalho hoje, inclusive de cunho humanitário, por isso denominado de Anjo da Guarda. Porque alguém tem que cuidar dessas crianças, e nós fizemos nossa parte hoje, e vamos continuar fazendo”, afirmou.
Sigilo
Também de acordo com o delegado, os policiais que participaram da ação nesta terça só ficaram sabendo do assunto investigado no início da operação. O sigilo, na opinião do responsável pela apuração, resultou no sucesso. “O segredo do sucesso está no anonimato. Eles ficaram sabendo do conteúdo quando nós colocamos em prática a operação. Até então quem sabia era eu, como coordenação e o setor de inteligência”, explicou.