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  Hortolândia prevê rombo de R$ 50 milhões no orçamento da cidade

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Hortolândia prevê rombo de R$ 50 milhões no orçamento da cidade

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Calamidade

Hortolândia prevê rombo de R$ 50 milhões no orçamento da cidade

Angelo Perugini (PDT) decretou nesta sexta-feira estado de calamidade financeira no município e disse que precisa buscar formas de economizar

Por Leon Botão

14 jan 2017 às 08:54

O prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini (PDT), decretou nesta sexta-feira estado de calamidade financeira da cidade. À frente da prefeitura há duas semanas, o pedetista relatou que prevê um rombo de R$ 50 milhões no orçamento do município, e que precisa do decreto para revisar contratos e buscar formas de economizar.

Na RPT (Região do Polo Têxtil), Americana foi a primeira cidade a oficializar a crise econômica, em outubro. O decreto vence em fevereiro, mas o prefeito Omar Najar (PMDB) já adiantou que deve renová-lo. Diferentemente de Hortolândia, que adiantou o pagamento do salário dos servidores, Americana ainda tem dívidas com o funcionalismo.

Por meio do decreto, o prefeito Angelo Perugini fica autorizado a avaliar todo passivo financeiro existente, suspender pagamentos a terceiros e buscar alternativas emergenciais para garantir a manutenção dos serviços essenciais prestados à população. O prefeito anunciou ontem que suspendeu pelo prazo de 90 dias todos os pagamentos com valores superiores a R$ 100 mil, exceto os referentes a serviços essenciais, para avaliação e auditoria, caso necessário.

Foto: Prefeitura de Hortolândia / Divulgação
Prefeito Angelo Perugini anunciou medida nesta sexta-feira, durante coletiva de imprensa; ele alegou falta de transição com a administração anterior

Desde que foi autorizado a tomar posse, Perugini vem relatando problemas por conta da falta de período de transição junto à gestão anterior. Ele relatou que, nesse início de mandato, cerca de 30 empresas já apresentaram notas fiscais de pagamentos que não foram pagas, e que não estão previstos no orçamento do município.

Além disso, segundo o prefeito, há convênios que estão sem reajuste há anos e isso impactaria o orçamento, assim como o salário dos servidores, cujo reajuste foi prometido pela prefeitura ano passado, mas não teve o valor incluído no orçamento. Só esse item terá impacto de R$ 15 milhões, de acordo com Perugini.

“Vamos fazer auditoria nos contratos e suspensão nos pagamentos acima de R$ 100 mil. Tem chegado notas sem haver os empenhos necessários. Estamos esbarrando em um rombo de R$ 50 milhões”, afirmou o prefeito. “Provavelmente terá superavit no orçamento, mas não estão impactados inúmeros gastos que já estão detectados”, disse.

O prefeito destacou também que serão necessários mais 30 dias para se ter um diagnóstico exato da situação da prefeitura. “Esse decreto visa permitir que a gente tome medidas emergenciais para não deixar faltar remédio, não parar nenhum serviço público e fazer um sistema para a gente localizar onde estão os vazamentos. Vamos tentar colocar esse carro nos trilhos em 100 dias”, disse Perugini.

REGIÃO
Na região, Sumaré também enfrenta problemas financeiros, mas segundo informações do Executivo, não há previsão de decretar calamidade. Santa Bárbara d’Oeste também não cogita a situação. Nova Odessa não informou se estuda a medida.