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  Unitika não pretende desmembrar terreno

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Unitika não pretende desmembrar terreno

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Americana

Unitika não pretende desmembrar terreno

Terreno de 350 mil metros quadrados foi colocado à venda após empresa japonesa anunciar encerramento de suas atividades em Americana

Por Marina Zanaki

28 mar 2019 às 09:18

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG
Decisão de fechar as portas se deu em razão de persistentes prejuízos

A área onde funcionava a Unitika do Brasil Indústria Têxtil, em Americana, será vendida em sua totalidade, sem o fracionamento do terreno para facilitar as negociações. A informação é do advogado da empresa, Ricardo Inaba. A empresa anunciou em novembro do ano passado o encerramento das atividades. O terreno, que tem área de 350 mil metros quadrados, está à venda desde 2018.

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“Teve gente que falou: vende uma fração, vamos lotear. Mas também fica difícil, a empresa quer vender em uma tacada só e não desmembrar para vender em terrenos menores. Dá muito trabalho, vende um, mas não vende o outro, e segue preso do mesmo jeito. A empresa quer vender para acabar o ciclo da Unitika no Brasil”, explicou o advogado, que atuou por três décadas na empresa.

Inaba contou que o maquinário está encontrando dificuldades em encontrar interessados, já que se tratam de equipamentos antigos e, em muitos casos, ultrapassados.

Atualmente, há cerca de 10 funcionários em Americana, na portaria, cozinha e administrativo, atendendo demandas pendentes até o encerramento do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Segundo Inaba, a decisão de fechar as portas se deu em razão do persistente prejuízo – ao longo de todo o ano de 2018 as contas fecharam no vermelho.

Após essa decisão, a venda da área foi um passo “natural”, de acordo com o advogado. Ele acredita que a empresa não tem nenhuma intenção de retomar, no futuro, a produção no país.

Os últimos funcionários do setor produtivo fizeram suas homologações em fevereiro. O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis acompanhou o processo na sede da empresa e garantiu que todas as verbas rescisórias foram pagas.

“A empresa, isso posso assegurar porque me foi solicitado, vai encerrar pagando e cumprindo todas as obrigações legais, não vai dar calote em ninguém, não vai deixar de pagar impostos devidos, obrigações trabalhistas, nada”, garantiu Inaba.

O sindicato não soube informar quanto foi gasto com o pagamento das verbas rescisórias dos funcionários.