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  Após vistoria da Aneel, CPFL espera reclassificação de barragem

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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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  Após vistoria da Aneel, CPFL espera reclassificação de barragem

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Salto Grande

Após vistoria da Aneel, CPFL espera reclassificação de barragem

Empresa que administra barragem de Americana diz ter sanado falha operacional que elevou risco do local para a categoria mais alta

Por Valéria Barreira

01 mar 2019 às 08:30 • Última atualização 01 mar 2019 às 08:44

Técnicos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) fizeram visita de inspeção à barragem do Salto Grande, em Americana, na última quarta-feira. A CPFL Renováveis espera obter a reclassificação de risco do local até julho, segundo informações de Adriano Vignoli, diretor de Operações e Manutenção da concessionária.

Vignoli, que comandou ontem uma visita da imprensa às instalações da barragem, informou que a Aneel tem até o final de abril para encaminhar as informações a ANA (Agência Nacional de Águas), órgão responsável por processar os dados e emitir o relatório sobre segurança em barragens.

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal
Uma das comportas da barragem estava funcionando com restrições

“Acreditamos que até junho ou julho teremos o relatório de 2018 emitido, reclassificando o grau para a categoria B”, disse. Uma falha operacional em uma das quatro comportas da barragem foi a responsável por elevar a sua classificação de risco à categoria mais alta, segundo Vignoli detalhou ontem. Ele garante que a falha foi sanada.

“Uma das comportas funcionava com restrições. Havia um problema na vedação. Quando uma comporta fecha ela é apoiada em borrachas que impedem que haja vazamentos. Essas borrachas estavam ressecadas. A gente então tinha o receio de que ao ter que abrir a comporta não conseguíssemos fechá-la. Esse era o risco”, detalhou.

Segundo ele, o risco “não era dos piores”. “O pior é quando você não consegue abrir. Neste caso, a comporta abria normalmente. O sistema de acionamento dela não tinha problema, mas a gente tinha o receio de o vazamento não estancar ao fechar. Por isso, constatamos a falha operacional”, detalhou.

De acordo com Vignoli, a CPFL investiu R$ 2,24 milhões nos últimos dois anos para sanar o problema. “Esse investimento foi voltado para sanar o risco, recuperar a comporta para ela voltar a ser operacional e por consequência o grau de risco poder ser reduzido”.

O diretor da concessionária explicou que a Aneel foi informada sobre o rebaixamento do risco para grau B. Em agosto do ano passado, técnicos da agência estiveram na barragem de Americana e constataram que ela voltou a ser operacional, segundo informou Vignoli.

“É certeza que a reclassificação vai acontecer. Não existe nenhuma objeção técnica que indique que o nível de classificação não será rebaixado”, disse. O diretor explicou que, no caso da barragem de Americana, o grau de risco nunca esteve associado à sua estrutura.

“A categoria do grau de risco define o critério tanto para a estrutura como para os equipamentos da barragem. Neste caso, estava associado a um equipamento operacional, mecânico, que foi corrigido”.