A vitamina D tem um papel essencial em nosso corpo. Fundamental na formação e manutenção dos ossos e dos dentes, essa vitamina favorece a absorção de cálcio no organismo. Dessa forma, previne a diminuição da densidade mineral óssea e ajuda a aumentar a resistência do esqueleto, auxiliando na diminuição da incidência de osteopenia e osteoporose. De acordo com a gerente médica da unidade MIP (medicamento isento de prescrição) da Aché Laboratórios Farmacêuticos, Talita Poli Biason, a exposição ao sol é o principal fator que contribui para a obtenção de vitamina D, já que a pele é capaz de produzi-la nessa situação. [\img]Além disso, uma dieta composta por alimentos como peixes gordurosos e cogumelos também podem, apesar de em pequena quantidade, colaborar para manter o nível adequado da mesma.

A falta dessa vitamina no organismo traz consequências diferentes dependendo da idade de quem é acometido. Em crianças, o quadro mais grave é o raquitismo, doença em que há alteração do depósito de cálcio no osso que tem como sintomas o atraso do crescimento, deformidades das pernas, braços e tórax, dentre outros. No adulto e idosos, a falta de vitamina D pode levar a osteopenia ou osteoporose. “O grande problema é que os sintomas, ocasionados pela falta da vitamina D, aparecem mais tardiamente, em geral após os 50 anos”, alerta.

Para quem pretende prevenir problemas futuros de saúde, pode começar com uma dieta rica em vitamina D. Os alimentos que mais possuem esse componente são os peixes gordurosos – como salmão, sardinha e atum -, óleo de fígado de peixe, gema de ovo e cogumelos (shiitake, por exemplo). No entanto, somente 10% de toda nossa vitamina D vem dos alimentos. “Noventa porcento da vitamina D do organismo é sintetizada pela pele através da exposição solar”, completa Talita Biason.

A produção natural de vitamina D é feita pela nossa pele durante a exposição solar. Segundo a especialista, existe uma grande polêmica em torno de quanto e como devemos nos expor ao sol para sintetizar essa vitamina. “Com esse intuito, é recomendada a exposição diária ao sol por 10 a 15 minutos, incluindo, preferencialmente, a exposição de áreas como braços e pernas”, explica a especialista.

O protetor solar, vestimentas, vidros e dia nublado são fatores que atrapalham a síntese da vitamina D. Para minimizar o risco que o sol pode trazer à saúde, como câncer de pele e manchas solares, o melhor horário para essa exposição é antes das 10 horas ou depois das 16 horas, e a moderação ainda é a melhor recomendação. “Algumas pessoas que tem restrição absoluta à exposição solar como, por exemplo, os portadores de certas doenças como lúpus, não devem tomar sol e por isso devem conversar com seu médico para buscar orientação. Nos casos em que a exposição não for possível, pode ser necessária a suplementação”, conclui Biason.