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Novela

Vannessa Gerbelli lembra sequência da morte de sua personagem

No ar em “Mulheres Apaixonadas”, atriz comenta sobre personagem Fernanda, vítima de uma bala perdida

Por Márcio Maio / TV Press

14 de fevereiro de 2021, às 09h28

Quando gravava “Mulheres Apaixonadas”, em 2003, Vannessa Gerbelli começou a entender o impacto que é para um ator de televisão estar em uma novela de horário nobre e diretamente envolvida com os personagens principais. Na pele da batalhadora Fernanda, a atriz chamou atenção e teve destaque desde os primeiros capítulos.

Mas foi justamente a morte da ex-prostituta, no capítulo 163, o ápice de sua trajetória na trama de Manoel Carlos. Na época, o autor decidiu tirar a personagem de cena ao fazê-la ser atingida em um tiroteio em plena rua do Leblon, bairro nobre da Zona Sul carioca. Uma decisão que acabou criando uma grande expectativa a respeito da cena em que Fernanda é baleada.

Vannessa lamenta o fato de que as circunstâncias da morte de sua personagem ainda sejam tão atuais – Foto: Divulgação

“A cena do tiroteio foi gravada em dois ou três dias, tinha uma movimentação e produção grandes. Já a cena da morte foi gravada em um dia e me lembro de ter sido bem emocionante”, recorda Vannessa, sobre a sequência que começa a ir ao ar no próximo dia 13, na reprise do canal Viva.

Na história, Fernanda já começa trabalhando em uma loja e ralando para criar a filha Salete, interpretada por Bruna Marquezine. Aos poucos, o público vai descobrindo sua verdadeira história, a partir da relação um tanto misteriosa que a moça tem com o músico Téo, papel de Tony Ramos. Os dois se conheceram, na verdade, quando ela era garota de programa. Se relacionaram e chegaram a ter dois filhos: Lucas, personagem de Victor Cugula, e a própria Salete.

O menino, no entanto, ficou com o pai, que mentiu para a esposa, a despachada Helena, de Christiane Torloni, dizendo que adotou o garoto. Apesar do passado nebuloso, Vannessa conta que não sentiu qualquer julgamento contra a personagem. “Gostavam tanto daquela dupla de mãe e filha que a Fernanda foi absolvida. O Manoel Carlos tem esse talento de deixar as personagens muito humanas e empáticas. Acho até que essa era uma questão para ele: não querer que a julgassem”, supõe.

DESFECHO

Às vésperas de rever o desfecho de Fernanda na novela, Vannessa lamenta o fato de que as circunstâncias da morte de sua personagem ainda sejam tão atuais, mesmo depois de 18 anos. Afinal, são comuns as notícias sobre pessoas que perdem a vida por conta de balas perdidas.

“A arte nos serve de espelho. Acho até que é a maneira mais potente de conscientizar o ser humano, mas sem ser doutrinária. Acho triste que, de lá para cá, as coisas tenham ficado piores. Às vezes, parece que estamos em um liquidificador moral, emocional, cultural”, analisa ela, que durante a pandemia foi vista ainda nas reprises de “Novo Mundo”, na faixa das 18h da Globo, e de “Jesus”, na Record. Porém, a atriz assume: não chegou a acompanhar as tramas. “Não revi completamente, mas algumas cenas. É bom rever”, entrega.

Não foi à toa que Vannessa deixou de acompanhar fielmente essas reprises. Com a pandemia do novo coronavírus, ela entendeu que era necessário voltar suas atenções para a própria família – a atriz é mãe de Tito, que fará 14 anos em abril, fruto do casamento dela com o diretor Vinícius Coimbra.

“É um momento delicado, em que as pessoas, no geral, inspiram cuidados. Tenho me dedicado muito a estudos de meditação, psicologia e espiritualidade, para tentar entender este novo momento e ajudar a quem precisa”, revela. Com isso, até a pintura, outro talento da artista, tem ficado de lado. “Tenho mantido mais como um hobby. O trabalho visual é constante e eu não tenho tido esta constância”, admite.

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