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Celebridades

Tantas emoções

Prestes a se despedir de "Salve-se Quem Puder" Murilo Rosa ressalta carga emotiva no final da novela das sete

Por Caroline Borges - Tv Press

14 de julho de 2021, às 07h32

Murilo é protagonista da série Rio Heroes, que tem as duas temporadas completas disponíveis para os assinantes do Globoplay - Foto: Divulgação - Globo

Quando a notícia da paralisação dos trabalhos de “Salve-se Quem Puder” chegou, Murilo Rosa se viu diante de uma situação completamente inédita. Sem conseguir imaginar como e quando seria o retorno da novela de Daniel Ortiz, o ator de 50 anos estava ansioso para saber como finalizaria o enredo do amargurado Mário.

Após cinco meses em casa, ele voltou aos Estúdios Globo para gravar os últimos capítulos do folhetim das sete. Mas, apesar do caos do momento atual do país e das imprevisibilidades do trabalho, Murilo não tem dúvidas de que participou de um momento histórico dentro da televisão ao pisar novamente em um set. “Mesmo com todas as dificuldades, o elenco estava unido para fazer o melhor trabalho de todos. De uma certa forma, essa novela foi uma prova de competência. Tudo fluiu muito bem. A Globo, como sempre, deu toda a estrutura para fazermos um trabalho com a mais alta qualidade”, valoriza.

Na história, que termina sexta,dia 16, Mário é o pai da protagonista Luna, papel de Juliana Paiva. Amargurado pelas circunstâncias da vida, sua única alegria é a filha. Foi ele quem a criou sozinho depois que Helena, papel de Flávia Alessandra, abandonou a família quando a menina tinha apenas quatro anos. Com a promessa de tentar a vida nos Estados Unidos e se estabelecer para levar a família depois, Helena nunca voltou ao México nem mandou mais notícias e Mário sente uma grande mágoa pela situação. “O público torce muito por essa história do Mário e da Helena na reta final. Tem uma expectativa grande em torno. Estou achando fascinante todo o retorno que estamos tendo”, vibra.

Na reta final, o Mário encara diversas sequências densas e emocionantes, como o reencontro com a ex-esposa e a revelação de que a filha está viva. A carga de cenas foi mais intensa nessa retomada de gravações?
Sim, tem muita cena importante nessa reta final. O primeiro reencontro entre o Mário e Helena deu muito o que falar. Ainda tem essa resolução entre os dois e o Mário descobrindo que a filha está viva. Isso é surreal. Imagina essa situação na vida real? Imagina um pai, que acreditava que a filha estava morta, descobre que a jovem está viva. É uma emoção que não sei descrever. Foi uma gravação mágica e muito bonita. Espero que os expectadores gostem.

Você tem acompanhado a repercussão da reta final da novela?
Sim, a repercussão tem sido muito boa. Estou em Portugal e encontrei com o Daniel Ortiz para jantarmos juntos. Ele celebrou justamente a boa repercussão e audiência da reta final, como as pessoas estão embarcando na história. O público torce bastante por essa história entre o Mário e a Helena. Estão criando uma expectativa grande em torno disso. Estou achando fascinante. Essa novela, por conta da pandemia, foi diferente e dividida em duas temporadas. Vai ser menor do que originalmente foi pensando, mas segue com toda essa intensidade da comédia romântica.

Sua trama chegou a sofrer muitas alterações por conta da redução de capítulos?
Esse foi o lado ruim. Com a pandemia, o Daniel precisou se virar e reescrever muita coisa. Então, foi bem difícil para a produção. Eles penaram nesse sentido. Mas, apesar de tudo, o Daniel conseguiu entregar uma história fantástica. Infelizmente, tem muita coisa que ainda não posso contar. Mas tinha muita coisa para acontecer que, por conta da diminuição de capítulos, foi alterada. Quem sabe no futuro a gente não comenta?

De que forma a notícia da paralisação da trama chegou até você?
Foi tudo muito tenso. Quando chegou a notícia da paralisação, todo mundo ficou muito apreensivo. Ao longo do período de pausa, existia uma expectativa se a novela voltaria ao ar ou não. Como seria esse desenrolar? Felizmente os trabalhos retornaram. Acho que a Globo fez o correto ao parar e foi muito competente com os protocolos. Ninguém se infectou dentro dos Estúdios Globo. Acredito que os casos positivos eram por infecções fora. Gravamos durante setembro, outubro, novembro e dezembro. E se esse período de gravações se revelou um momento muito bom.

Como assim?
Acho que é nesse momento de dificuldades que o pessoal acaba se unindo mais, criando mais. A gente tinha uma equipe formidável. As coisas fluíram muito bem. De certa forma, esse trabalho foi uma prova de competência. É uma missão e tanto fazer uma novela durante uma pandemia e com tantos protocolos. A gente justificou aquela frase: quando a gente se encontra nas dificuldades, a gente consegue criar coisas incríveis.

As gravações foram encerradas em dezembro, mas a novela só retornou ao ar em março desse ano. Como tem sido acompanhar o trabalho totalmente finalizado indo ao ar?
Achei muito boa a ideia de a novela ir ao ar toda gravada. Particularmente, eu não gosto dessa história de deixar uma obra totalmente aberta. Gosto de ter uma história com começo, meio e fim para trabalhar. Como é feito no cinema e nas séries. A novela, claro, tem essa característica de obra aberta. Isso permite que os personagens trilhem diversos caminhos. É legal fazer aberta, mas gosto de entender o que irá acontecer com enredo.

A trama de “Salve-se Quem Puder” foi seu primeiro trabalho com Daniel Ortiz e sua segunda incursão no horário das sete. Como você analisa essa primeira experiência ao lado do autor?
É um projeto muito feliz. Somos a única novela inédita da Globo no ar no momento. É um projeto que traz alegria ao público em um momento muito difícil. Estou muito feliz por ter essa chance de trabalhar com o Daniel. Ele é um autor diferenciado. Não só falando da obra, mas uma pessoa muito bacana. Um cara leve e divertido. A equipe da novela também foi incrível. A novela cumpre seu papel de uma forma linda em um momento tão trágico do País e com tantos absurdos acontecendo. É um entretenimento que nós nos arriscamos para levar ao nosso público. Tenho um orgulho enorme.

Apesar das limitações da pandemia, você tem conseguido manter seus projetos profissionais?
Tenho muitos projetos bacanas pela frente. Vou fazer o musical “Barnum – O Rei do Show”, que é um espetáculo da Broadway. Estava previsto para o ano passado, mas foi adiado por conta da pandemia. Tenho três filmes para fazer no Brasil e um em Portugal. Ou seja, quatro filmes. As coisas estão se organizando. Em breve, vou poder dar mais detalhes de tudo.

Luz no fim do túnel
Assim como diversas pessoas pelo mundo, Murilo teve a vida pessoal e profissional atropelada pela pandemia de Covid-19. Há mais de um ano convivendo com as consequências do período conturbado, o ator ainda acha necessário reforçar a importância de seguir os protocolos básicos de prevenção da recente doença.

“Só no Brasil estamos vendo essa briguinha ideológica. Isso é tão infantil. É simples. É uma pandemia. Ou seja, é importante não contaminar o outro e nem se contaminar para que você não morra. Perdi amigos e familiares. Isso não é brincadeira. Acho importante falar sobre o assunto e se colocar. Não é ser um radical extremista chato, mas colocar as coisas que se acredita de uma forma respeitosa e elegante”, defende.

Em junho, Murilo recebeu a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus. Aguardando a segunda dose do imunizante, o ator valoriza a importância da campanha de vacinação atualmente. “Tomei AstraZeneca e não tive nenhuma reação. Meus pais se vacinaram com Coronavac. A vacina é a única solução para a gente chegar em algum lugar. Conversando com amigos da Califórnia, a vida está praticamente normal. Eles têm praticamente 70% da população imunizada. É preciso respeitar as pessoas. Mais de 500 mil pessoas se foram”, aponta.

Nos ringues
Conhecido pelas inúmeras novelas no currículo, Murilo Rosa tem se dedicado ao universo das séries também. O ator é protagonista da série “Rio Heroes”, que tem as duas temporadas completas disponíveis para os assinantes do Globoplay. “Eu amei fazer esse projeto. Quero cada vez mais fazer séries e vou fazer. ‘Rio Heroes’ foi um projeto que lutei muito para fazer. Eu consegui uma liberação da Globo para integrar o elenco. Me esforcei, ralei e corri atrás para estar nesse projeto. Tenho um grande orgulho”, afirma.

Originalmente exibida pelo Fox Premium, “Rio Heroes” conta a história do campeonato clandestino de vale-tudo, criado pelo ex-lutador Jorge Pereira e interpretado na trama por Murilo. O projeto é coproduzido pela Mixer Films, Fox Networks Group e NBC Universal. “Sempre quis fazer uma série de luta. Antes de ser ator, eu lutava. Participei de campeonato mundial de taekwondo. Quando recebi o roteiro, fiquei encantado pelo papel”, relembra.

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