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Celebridades

Tábua de salvação

Recém-chegada ao elenco de “Salve-se Quem Puder”, Gabriela Moreyra valoriza trabalho em meio à pandemia

Por Caroline Borges / TV Press

12 de julho de 2021, às 07h32

Gabriela Moreyra sabe que cada trabalho tem uma contribuição importante em sua trajetória. Porém, a oportunidade para “Salve-se Quem Puder” ficará marcada em sua memória de forma bastante especial. O folhetim, que retomou as gravações em agosto do ano passado com todos os protocolos de segurança no combate à Covid-19, teve um grande impacto na saúde mental de Gabriela.

A atriz é bisneta do poeta, jornalista e cronista Álvaro Moreyr – Foto: Dêssa Pires / Divulgação

“Eu estava em uma crise de ansiedade com tudo o que estava acontecendo no país e no mundo. Foi muito bom voltar minha cabeça e meus pensamentos para outro universo. Acho importante falar de Covid, mas foi bom estar em uma história que estava carregada de leveza. Foquei em estudar aquela trama, personagem e universo”, afirma a atriz, que vive a doce Aurora.

A personagem de Gabriela chegou recentemente ao enredo de Daniel Ortiz. Na história, Aurora é sobrinha de Lúcia, papel de Cristina Pereira. A veterana atriz precisou deixar o folhetim por integrar o grupo de risco da Covid-19. Nos capítulos inéditos, Aurora não se intimida de monitorar os passos da vilã Dominique, de Guilhermina Guinle. Mais que isso, ela também tem outros planos e aproveita a temporada em São Paulo para focar nos estudos. Dedicada, ela sonha com a carreira de diplomata e não mede esforços para tentar ingressar no Instituto Rio Branco.

“Aurora tem determinação e força. É uma mulher forte, sabe o que quer, é focada em seus objetivos. Vejo como um pioneirismo do Daniel mostrar uma mulher negra que quer ocupar um lugar de destaque. Uma estudante dedicada e que luta por esse sonho de ser diplomata”, explica Gabriela, que conversou com Cristina Pereira antes de iniciar as gravações. “Eu estava bastante nervosa. Troquei muitas mensagens com a Cristina e ela me acalmou bastante. Estava nervosa, mas fui muito bem acolhida por todos”, completa.

Para se aproximar do universo da personagem, Gabriela fez diversas pesquisas teóricas sobre diplomacia e o Itamaraty. “No entanto, a história que mais me inspirou para compor a personagem foi a trajetória do Jackson Lima, um baiano que driblou o preconceito e as dificuldades para viver o sonho de se tornar diplomata”, ressalta.

Natural do Rio de Janeiro, Gabriela estreou na tevê na Record, onde ficou entre os anos de 2006 e 2017. Na emissora, conquistou seu primeiro papel como protagonista na trama de “Escrava Mãe”. Desde 2018, ela tem emplacado uma série de trabalhos na Globo, como as novelas “Segundo Sol” e “Bom Sucesso”.

Ainda sem planos profissionais para o futuro, Gabriela torce pelo avanço da vacinação no País e um maior controle da pandemia nos próximos meses. “Que tenhamos a vacina para todos, que possamos nos abraçar, ver nossos familiares e amigos. Tenho muitos projetos que estavam em andamento, mas com a pandemia ficou tudo incerto. Assim que tudo isso passar pretendo viajar para divulgar o filme ‘Para Além da Memória’, do diretor português Miguel Babo, e participar dos festivais ao redor do mundo”, torce.

Solidão coletiva

Ao retornar aos estúdios em agosto do ano passado, Gabriela Moreyra se deparou com um universo completamente diferente das gravações de “Bom Sucesso”, que haviam sido encerradas em janeiro. Por conta dos protocolos de segurança, Gabriela contava com um camarim individual e também precisava se arrumar sozinha para entrar em cena. “Eu gosto muito da brincadeira do camarim. Ficar sozinha foi bem difícil. Eu chegava muito adiantada do horário marcado porque tinha medo de me atrasar para ao fazer meu cabelo e maquiagem. Às vezes, eu chegava tão cedo que o camarim estava trancado”, relembra.

Nos bastidores e em todas as dependências dos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, o uso de máscara era obrigatório. Por isso, Gabriela tinha dificuldades de reconhecer seus colegas de trabalho constantemente. “Encontrava com câmeras ou pessoas da produção e não reconhecia de jeito nenhum. Pessoas que eu já havia trabalhado junto em outros projetos. As pessoas se identificavam, mas, no dia seguinte, tinha de se apresentar de novo porque eu não reconhecia (risos)”, revela.

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