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Celebridades

Sabor nacional

À frente do “Mestre do Sabor”, Claude Troisgros valoriza a cozinha brasileira na televisão

Por Caroline Borges / TV Press

24 de julho de 2021, às 07h52 • Última atualização em 24 de julho de 2021, às 07h53

A cozinha tem sido a principal área de atuação de Claude Troisgros ao longo de mais de quatro décadas. Conhecido por misturar o sotaque francês com a gastronomia brasileira, o chef natural da pequena Roanne, na França, fez fama ao comandar diversos programas de gastronomia na televisão a cabo. No entanto, ao alçar voos maiores, Claude deixou seu avental de lado para assumir o papel de apresentador à frente do “Mestre do Sabor”.

No comandado da terceira temporada consecutiva do “reality show”, ele celebra a solidificação do programa na grade da Globo. “É um projeto que apresenta um pouco de tudo. O público pode contar com emoção, drama, alegria, humor e muito sabor. Além disso, na terceira temporada, temos participantes mais preparados. Eles já sabem como tudo funciona a partir das edições passadas. Os participantes entram com muita força, sabedoria e treinamento”, ressalta.

Pelo segundo ano consecutivo, Claude comanda uma temporada ainda em meio à pandemia do novo coronavírus. Por conta dos protocolos de segurança e higiene, o “talent show” segue sem a participação de plateia. Para o chef, o programa representa um momento bastante atual em decorrência do isolamento social. “Agora está bem difícil comer na casa de alguém ou no restaurante. O encontro com a comida está sendo na cozinha mesmo. Tem pai virando chef, vovó ensinando a receita para o neto. Tem casal cozinhando e namorando”, aponta.

Pelo segundo ano consecutivo, Claude comanda uma temporada ainda em meio à pandemia do novo coronavírus – Foto: Divulgação

O “Mestre do Sabor” está em sua terceira temporada. Como você analisa a trajetória do programa até aqui?

Esse programa sempre tem uma expectativa muito alta, principalmente em uma terceira temporada, quando os participantes já têm uma noção do que podem esperar, considerando as duas primeiras edições. Eles entram no programa preparados e dispostos a dar o melhor para ganhar a disputa. Os desafios nesta temporada aumentaram para despertar e estimular a criatividade e a concentração deles.

Nos últimos anos, a televisão sofreu com um “boom” de competições de culinária. De que forma o “Mestre do Sabor” se destaca nesse cenário tão saturado?

O “Mestre do Sabor” já mostrou que valoriza o Brasil, valoriza os chefs brasileiros e o produto brasileiro. É um programa que realmente acolhe. A terceira temporada traz competição, mas, mais do que isso: traz muito amor e acolhimento para esses chefs que participam da disputa. A gente busca valorizar os pequenos produtores e a gastronomia brasileira com carinho e elegância. É um grande trunfo do programa.

Você e o Batista são parceiros de longa data. Como essa parceria tem funcionado na tevê aberta após tantos anos apenas em canal fechado?

Eu e Batista estamos cada vez mais afinados como apresentadores do programa. Esta temporada está forte em técnicas e o desafio é sempre valorizar o que temos de melhor na nossa profissão no Brasil. Nos conhecemos há quase 40 anos. Então, é fácil. Obviamente que entrando em um mundo um pouco maior que o que a gente sempre viveu deu um certo nervosismo. Demoramos um tempo para relaxar e ser o que a gente é normalmente.

Ao longo da competição, o que você busca em um participante do programa?

Gosto de estar sempre de olho nos detalhes. O que torna um profissional de gastronomia em um verdadeiro “Mestre do Sabor” é talento, “savoir-faire” (saber fazer, técnica), trabalho e sorte. Tudo isso junto. Os chefs que entram na competição são profissionais. A maioria trabalha na profissão há? bastante tempo. Outros já têm restaurante e têm a sabedoria de como funciona a cozinha de um restaurante. Todos têm uma boa base. As eliminações são duras.

Você vem de uma família de cozinheiros. Como isso reflete no seu dia a dia de trabalho?

Sim, sou a terceira geração de uma família de cozinheiros. O meu utensílio do coração, por exemplo, é um moedor de pimenta que pertencia ao meu pai, Pierre Troisgros, lá na França. Pertencia a ele, na cozinha pessoal da casa dele. Eu convivi com esse objeto a vida inteira, desde quando nasci até hoje. Meu pai faleceu recentemente e deixou essa pimenteira de presente. Realmente, é um objeto sentimental e eu uso na minha cozinha.

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